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Música denuncia exploração sexual de crianças na Ilha de Marajó (PA) e provoca comoção nas redes sociais; entenda

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

*Da Redação Dia a Dia Notícia

A apresentação da cantora Aymeê cantando a música autoral “Evangelho de fariseus”, na semifinal do programa “Dom Reality”, competição musical entre artistas do universo gospel, viralizou nas redes sociais e acendeu a discussão acerca de denúncias de exploração sexual de crianças e tráfico de pessoas menores de idade na Ilha de Marajó, no Pará.

A letra da canção faz citação direta a Marajó, em um dos versos, ao indicar problemas sociais e ambientais na ilha amazônica.

“Enquanto isso, no Marajó/ O João desapareceu/ Esperando os ceifeiros da grande seara/ A Amazônia queima/ Uma criança morre/ Os animais se vão/ Superaquecidos pelo ego dos irmãos”. 

Em frente aos jurados a cantora falou sobre o local após apresentar a música autoral. “Marajó é uma ilha a alguns minutos de Belém, minha terra. E lá tem muito tráfico de órgãos. Lá é normal isso. Tem pedofilia em nível hard. As crianças de 5 anos, quando veem um barco vindo de fora com turistas… Marajó é muito turístico, e as famílias lá são muito carentes. As criancinhas de 6 e 7 anos saem numa canoa e prostituem no barco por R$ 5”, afirmou.

Desde então, o assunto viralizou nas redes sociais e inspirou uma campanha impulsionada por famosos. Celebridades afirmaram que o vídeo com a performance de Aymeé reacendeu um tema delicado e urgente.

O problema já é antigo, datado de 2006, quando acusações de pedofilia e exploração sexual infantil na região foram alvo de investigação pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.

Documentos da época apontaram o envolvimento de políticos locais nos casos de exploração, que, segundo relatos, favoreciam o tráfico de órgãos e a prostituição infantil, com meninas sendo levadas para se prostituir em outras localidades, como Belém e até mesmo a Guiana Francesa.

O tema ganhou destaque novamente em 2022, quando Damares Alves, então ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, mencionou em um culto evangélico a prática de arrancar os dentes de crianças para facilitar o sexo oral, gerando uma onda de indignação e revolta.

Documentos da época apontaram o envolvimento de políticos locais nos casos de exploração, que, segundo relatos, favoreciam o tráfico de órgãos e a prostituição infantil, com meninas sendo levadas para se prostituir em outras localidades, como Belém e até mesmo a Guiana Francesa.

O tema ganhou destaque novamente em 2022, quando a vereadora Damares Alves, então ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, mencionou em um culto evangélico a prática de arrancar os dentes de crianças para facilitar o sexo oral, gerando uma onda de indignação e revolta.

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