*Victor Cavalier – Da Redação do Dia a Dia Notícia
O informe epidemiológico do Monitoramento da Violência contra a Mulher no Amazonas divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), apontou que foram notificados 4.691 casos de agressões contra a mulher no ano de 2022, sendo a faixa etária de 10 a 14 com o maior índice de notificações, representando 26,1% do total. O documento foi publicado nessa sexta-feira (07), no site do órgão.
De acordo com o documento, foi apresentado o cenário do ano de 2022, com detalhe no número de casos notificados no período, faixa etária, tipo de violência sofrida, meio de agressão, situação conjugal, local da ocorrência e vínculo com o suposto agressor.
A segunda faixa etária mais afetada está entre 20 a 29 anos, sendo 18,7% dos casos de violência. Na maioria dos casos as mulheres são solteiras, sendo 44,6% do total. Ademais, 39,3% dos casos o tipo de violência é física, seguido por violência sexual, com 21,5%.
É válido destacar também que os amigos e conhecidos são a maioria dos agressores, sendo 25,4% do total, seguido pelos cônjuges, com 14,5%. Sobre o local de ocorrência dos delitos, se sobressai a residência da vítima, com 62,8% dos casos.
Os principais tipos de violência sofridas pelas vítimas foram: física, sexual e psicológica com o uso de força corporal.
Segundo a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, é possível detalhar o perfil da mulher alvo da violência e contribuir para a construção de ações preventivas mais efetivas para o enfrentamento à violência contra mulher no estado.
“Os dados produzidos serão compartilhados com os órgãos públicos e organizações da sociedade civil que lidam diretamente no enfrentamento da violência doméstica e familiar para subsidiar a construção das políticas públicas e as decisões voltadas para prevenção de violências contra mulher”, afirma Tatyana.
Para a coordenadora de Vigilância das Violências e Acidentes do Amazonas da FVS-RCP, Cassandra Torres, a coleta e análise de dados sobre a violência de gênero ajudam a identificar padrões e tendências, bem como a entender melhor os fatores que contribuem para a violência contra as mulheres na região.
“Isso permite que as autoridades, organizações da sociedade civil e outros atores relevantes desenvolvam políticas públicas e intervenções mais eficazes para proteger as mulheres e prevenir a violência”, pontua Cassandra.
Sobre a pesquisa
No Amazonas, o monitoramento da violência contra a mulher é realizado pela FVS-RCP, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), por meio da Gerência de Doenças Crônicas e Agravos Não-Transmissíveis (GVDANT), do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE).
