*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A atriz Léa Garcia, de 90 anos, considerada uma das primeiras atrizes negras da televisão brasileira, morreu nesta terça-feira, no Rio Grande do Sul, vítima de um infarto agudo do miocárdio. A veterana seria homenageada com o Troféu Oscarito, ao lado de Laura Cardoso, de 95, no Festival de Gramado, pelo conjunto da obra. A artista chegou a ser encaminhada para o Hospital Arcanjo São Miguel, mas não resistiu.
A informação da morte foi divulgada por familiares no perfil oficial da atriz no Instagram. “É com pesar que nós familiares informamos o falecimento agora, na cidade de Gramado, no Festival de Cinema de Gramado, da nossa amada Léa Garcia”, diz a postagem.
Léa estava na cidade de Gramado desde sábado e chegou a fazer alguns passeios pelo local. Ela postou fotos em que aparece sorridente em frente ao troféu Kikito e também ao lado de Laura Cardoso e Emílio Orciollo Netto. “Quanta felicidade ao lado dessas pessoas maravilhosas”, escreveu a veterana na legenda da foto ao lado dos amigos.
No mês passado, a artista lançou sua biografia, “Entre Mira, Serafina, Rosa e Tia Neguita: A Trajetória e o Protagonismo de Léa Garcia”, escrita por Julio Claudio da Silva.
Trajetória
Léa Lucas Garcia de Aguiar, mais conhecida como Léa Garcia, nasceu no Rio de Janeiro em 1933. Ela estreou nos palcos aos 19 anos depois que o amigo e dramaturgo Abdias do Nascimento a convenceu a participar da peça Rapsódia Negra, em 1952, no Teatro Experimental. Os dois se casaram nos anos 50 e tiveram três filhos. Abdias morreu em maio de 2011, aos 97 anos.
A artista estreou na televisão no Grande Teatro da TV Tupi, na década de 1950. Em 1969, participou de sua primeira novela, “Acorrentados”, na Record. Em 1970, ela foi para a TV Globo onde interpretou a empregada Dalva na novela “Assim Na Terra Como no Céu”. Em 1972, Léa participou do primeiro programa gravado totalmente em cores no Brasil. Tratava-se de um episódio do Caso Especial chamado “Meu Primeiro Baile”.