*Da Redação Dia a Dia Notícia
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, está sendo investigado pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal após denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias do banco. Parte dos relatos veio a público nessa terça-feira (28).
A investigação sobre sua conduta corre em sigilo. Os episódios de assédio aconteceram sobretudo durante viagens de trabalho de Guimarães, que está à frente do banco desde 2019. O escândalo põe em xeque sua permanência no governo.
Segundo a jornalista Andréia Sadi, da TV Globo, tanto a ala política quanto a econômica entendem que é difícil que Pedro Guimarães continue no cargo de presidente da Caixa e avaliam que ele precisa deixar o posto. Quem é próximo a Guimarães defende um afastamento e quer explicações.
Entre a equipe que cuida da companha de reeleição de Bolsonaro, a ideia também é que Guimarães seja demitido. Segundo Sadi, a avaliação é que os apoiadores fiéis do presidente não deixarão de votar nele por isso, mas, ao mesmo tempo, uma tentativa de Bolsonaro de sair em defesa de Pedro Guimarães poderia gerar um desgaste.
A maior preocupação é que Bolsonaro não perca ainda mais espaço no eleitorado feminino, parcela da população que já demonstra uma maior rejeição ao presidente da República.
Jair Bolsonaro e Pedro Guimarães são bastante próximos. O presidente da Caixa Econômica Federal costuma acompanha Bolsonaro em viagens e participar de lives. Ele chegou a ser cotado para ser vice do presidente na campanha de reeleição.
O temor de aliados, de acordo com Andréia Sadi, é que Bolsonaro faça declarações similares às feitas para se referir ao ex-ministro Milton Ribeiro. O presidente chegou a dizer que colocaria “a cara no fogo” pelo pastor que, posteriormente, foi preso por suspeita de corrupção no MEC. A ideia do entorno é evitar esse tipo de apoio.