*Da Redação Dia a Dia Notícia
A empresária Maria do Carmo Seffair (Novo) criticou o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante) após esse decretar o aumento da passagem de ônibus para R$ 6 na capital. A reitora da Faculdade Metropolitana (Fametro) disse que o serviço de transporte público está abaixo do preço que passou a ser cobrado nesta segunda-feira (21).
“Manaus passou a ter uma das tarifas de transporte público mais caras do Brasil. Um absurdo! Esse prefeito devia usar óleo de peroba como hidratante, porque ele diz que a nossa tarifa é das mais baratas. Ele esquece de dizer que o serviço que temos aqui não chega nem perto de ser um dos mais razoáveis do país”, disse.
A empresária disse ainda que Manaus não possui um sistema de transporte coletivo e que os ônibus são “cacarecos”, já que veículos novos aparecem apenas na época das eleições “para fazer um migué”.
“Na campanha eu mostrei vários projetos novos modelos de transporte coletivo e melhorar o serviço prestado. BRT, não BRT fake como o que fizeram em Manaus. Transporte fluvial, metrô de superfície. A gente precisa pensar na população”, destacou.
Maria do Carmo disse que já opções, faz falta “competência” para modificar o transporte público atual. Segundo ela, a tarifa atual é maior até mesmo que o da cidade de São Paulo, onde o metrô custa R$ 5,20.
“O preço que a gente paga para andar de ônibus aqui em Manaus dá para andar de metrô e ainda sobra troco. A gente está pagando o preço da incompetência dessa gestão, da má gestão de recursos públicos. A gente precisa moralizar e modernizar o transporte público com auditoria, mais rigor nos contratos com as empresas”, criticou.
Entidades criticam
Representantes do empresariado manifestaram preocupação com o impacto do reajuste de R$ 4,50 para R$ 6 no bolso dos trabalhadores manauaras. A nota foi assinada desde a Associação Comercial do Amazonas (ACA) até os conselhos regionais.
“Reajustes dessa magnitude, sem qualquer escalonamento ou diálogo com os setores produtivos, penalizam duplamente os pilares que sustentam a economia da cidade: as empresas formais e os trabalhadores. Um valor intermediário, como R$ 5,00, poderia ter sido adotado de forma escalonada e com menor impacto social e econômico”, afirmaram.