*Da Redação Dia a Dia Notícia
É comum pensar que a hipertensão é uma doença que atinge, em sua maioria, pessoas mais velhas, o que é verdade. Mas o que pouco se diz é que dois importantes grupos também são acometidos por ela: crianças e adolescentes. Cada vez mais esse público apresenta alterações em sua pressão arterial. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que a prevalência de pacientes hipertensos pediátricos varia de 3% a 15%, com tendência a aumento nos últimos anos.
Popularmente conhecida como pressão alta, a hipertensão é uma doença crônica, caracterizada pela força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular por todo o corpo.
Quando o paciente é hipertenso, a pressão agride seus vasos sanguíneos, tornando-os mais rígidos e espessos. O dano nos vasos dificulta a passagem do sangue e promove o acúmulo de gordura e a formação de coágulos, que podem entupir artérias do coração, veias do cérebro e causar lesões nas artérias dos rins.
Como identificar a doença?
Nem sempre é possível detectar as causas da pressão arterial elevada em crianças e adolescentes. Mas os fatores de risco para desenvolvimento da doença podem ser os mesmos apresentados na fase adulta:
· Histórico familiar;
· Obesidade e sobrepeso;
· Sedentarismo;
· Consumo excessivo de sal e álcool;
· Tabagismo;
· Uso de anabolizantes e anticoncepcionais.
Para o clínico geral Alysson Silveira Campos, que atua no Hospital Metropolitano Vale do Aço (HMVA), geralmente crianças e adolescentes também não apresentam sintomas da hipertensão, por isso a importância em realizar acompanhamento médico periódico ao longo dos anos.
“Na maioria das vezes, os sinais aparecem durante uma crise hipertensiva”, explica. “Nesse caso, é possível identificar sintomas como a dor de cabeça, tontura, falta de ar, zumbido, visão embaçada, cansaço excessivo, sangramento nasal alterações do sono, manchas roxas pelo corpo, vômito, dores no peito e palpitações”, alerta o médico.
Diagnóstico precoce e prevenção
O quadro de hipertensão arterial só é definitivo após a média de três medições consecutivas, com aparelho adequado e orientações técnicas.
“Por se tratar de uma doença silenciosa, é recomendada a aferição de pressão a partir dos três anos de idade, pelo menos uma vez ao ano”, ele diz.
O clínico acrescenta que “o diagnóstico precoce é fundamental para que a pressão alta seja controlada apenas com hábitos saudáveis, sem a necessidade de intervenções medicamentosas”.
A doença pode ser evitada por meio de hábitos saudáveis, seguindo uma dieta com baixo teor de sódio e gorduras, praticando atividades físicas regulares de até uma hora e meia de duração, regulando os horários de sono e diminuindo os níveis de estresse.