Manaus, terça-feira 17 de junho de 2025
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Justiça condena ex-vereador de Presidente Figueiredo (AM) por homicídio ligado à disputa fundiária

*Da Redação Dia a Dia Notícia 

Maurício Gomes de Souza, ex-vereador do município de Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros de Manaus), foi condenado nesta semana pelo Tribunal do Júri de Manaus por participação no homicídio do corretor de imóveis Antônio Edson Carvalho de Lima. O crime, ocorrido em julho de 2017, teria sido motivado por uma disputa pela posse de um terreno milionário situado na avenida Torquato Tapajós, zona Oeste da capital.

De acordo com o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), o homicídio foi cometido por motivo torpe e mediante emboscada, com a vítima sendo atraída sob falso pretexto de uma negociação imobiliária. Ao chegar ao local combinado, na rua Comandante Eyner Encarnação, bairro da Paz, o corretor foi surpreendido e executado com vários disparos de arma de fogo. O laudo necroscópico atestou a morte imediata da vítima.

 

Disputa por imóvel

O terreno em questão pertenceria à Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia Pró-Menor Dom Bosco, entidade ligada à Igreja Católica. No entanto, segundo o MP, estava sendo alvo de negociações irregulares. A vítima, que inicialmente participava dessas tratativas, rompeu contrato com o empresário libanês Imad Alawie, conhecido como “Mike”, e passou a colaborar com os legítimos proprietários do imóvel. A mudança de posição teria motivado represálias por parte dos envolvidos.

Ainda conforme a investigação, Maurício Gomes de Souza atuava como intermediário (“testa de ferro”) de Imad Alawie e foi responsável por orquestrar o homicídio do corretor.

Outros réus e julgamento adiado

Além de Maurício, o processo judicial de número 0627376-28.2017.8.04.0001 inclui outros quatro acusados:

  • Imad Alawie (empresário)
  • Rubens Custódio Júnior (corretor)
  • Magson Gomes de Souza (PM e irmão de Maurício)
  • Tonny Darco Rodrigues da Silva (PM)

Durante o julgamento, o MP pediu a absolvição de Imad Alawie por falta de provas diretas de sua participação, apesar de tê-lo apontado anteriormente como mandante. Já Rubens Custódio Júnior foi condenado por participação de menor importância no homicídio qualificado, enquanto Maurício foi sentenciado por homicídio simples.

O policial Tonny Darco, além de ser apontado como um dos executores, responde também por falsidade ideológica, por ter registrado um falso boletim de ocorrência sobre o furto da motocicleta utilizada no crime. O veículo reapareceu dois dias depois, encontrado por agentes da 12ª Cicom e devolvido ao acusado.

O julgamento dos PMs Tonny Darco e Magson Gomes de Souza foi adiado para o dia 10 de junho de 2025, em razão da ausência da defesa técnica.

Fraudes

Em outro caso, Maurício Gomes de Souza foi preso em outubro de 2019 ao lado de sua esposa, Jussara da Silva Marreiro, suspeitos de aplicar um golpe de R$ 2,6 milhões na venda fraudulenta de um imóvel. O casal teria negociado uma casa que não lhes pertencia. A fraude veio à tona quando o verdadeiro proprietário tentou cobrar aluguéis atrasadose descobriu que o imóvel havia sido vendido de forma irregular.

À época, o delegado Demétrius Queiroz, da Polícia Civil do Amazonas, confirmou que havia uma procuração suspeita registrada em cartório, o que levantou a hipótese de conluio entre os envolvidos e servidores cartorários. Maurício alegou perseguição política e declarou possuir documentos comprobatórios da compra, negando qualquer irregularidade.

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