*Da Redação Dia a Dia Notícia
A produção industrial cresceu em 11 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de fevereiro para março. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada nesta sexta-feira (19), as maiores altas foram registradas nos estados do Mato Grosso (9,3%), Amazonas (8,7%) e Pernambuco (8,1%). No período, em média, a indústria nacional cresceu 1,1%, primeira alta do ano, impulsionada pela recuperação do Rio Grande do Sul, que apresentou crescimento de 5,6%.
“O resultado de março vem após dois meses seguidos de resultados negativos. Alguns setores que antes apresentavam trajetória negativa, em março mostraram crescimento. Os de veículos automotores e derivados do petróleo impactaram no desempenho da indústria gaúcha. Esse avanço no estado também elimina parte da perda acumulada nos dois meses anteriores, de 11,5%”, afirma o analista do IBGE Bernardo Almeida.
Dados divulgados no início do mês mostram que o Polo Industrial de Manaus (PIM) faturou R$ 26,96 bilhões no primeiro bimestre deste ano, o que representa crescimento de 6,87% em relação a igual período de 2022 (R$ 25,23 bilhões). Em dólar, o faturamento do PIM também teve alta, de 8,69%, quando comparados os valores registrados entre janeiro e fevereiro de 2023 (US$ 5.23 bilhões) com o montante obtido no mesmo intervalo do ano passado (US$ 4.81 bilhões).
As exportações do PIM totalizaram US$ 86.56 milhões no primeiro bimestre, o que representa aumento de 13,31% na comparação com igual intervalo de 2022 (US$ 76.39 milhões).
Em fevereiro, as indústrias do PIM informaram a manutenção de 110.362 postos de trabalho diretos, entre efetivos, temporários e terceirizados. O indicador representa variação positiva de 2,27% ante fevereiro de 2022 (107.910 trabalhadores). Com os resultados parciais do primeiro bimestre, a média mensal de mão de obra do PIM em 2023 está situada, até o momento, em 110.250 empregos diretos.
Outras regiões
Também tiveram altas de fevereiro para março nos estados da Bahia (5,6%), Pará (4,3%), Ceará (4%), Minas Gerais (1,5%), Rio de Janeiro (0,7%) e São Paulo (0,2%). A única região pesquisada, Nordeste, cresceu 6,8%.
Por outro lado, quatro estados tiveram queda na taxa: Espírito Santo (-1,8%), Santa Catarina (-1,4%), Goiás (-1,4%) e Paraná (-1,3%).
No acumulado de 12 meses, no entanto, apenas seis locais tiveram alta, enquanto em nove houve queda.
Novos dados
Pela primeira vez, nesta edição da pesquisa, o IBGE divulgou também o resultado para os estados do Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul e Maranhão, além dos 15 tradicionalmente pesquisados.
Na comparação com março de 2022, foi registrada alta, em nove dos 18 locais pesquisados, com destaque para Amazonas (23,5%), Mato Grosso do Sul (8,6%) e Minas Gerais (7,3%). No Rio Grande do Norte, a indústria cresceu 1,3%, enquanto no Maranhão, o avanço foi de 6,6%.
Por outro lado, nove locais tiveram queda, com destaque para Rio Grande do Sul (-6,5%) e em Goiás (-5,3%).
No acumulado do ano, 13 locais tiveram queda, entre eles Rio Grande do Sul (-9,2%), Mato Grosso (-7,4%) e Bahia (-5,2%). Em cinco, houve alta, sendo a maior delas no Amazonas (14,8%).