*Da Redação – Dia a Dia on-line
Nesta quinta, dia 11 de março de 2021, faz um ano que o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, declarou que o que até então era considerada uma epidemia, tinha a força de pandemia. Ao justificar a declaração, ele afirmou que os casos fora da China tinham se “multiplicado por 13”.
O vírus já tinha se espalhado, em Portugal já existiam casos, mas só em março de 2020 é que a OMS declarou a pandemia, praticamente três meses depois de ter sido anunciado o primeiro caso em Wuhan, na China.
Tinham morrido pouco mais de 4 mil pessoas. Um ano depois, a Covid-19 já tirou a vida de mais de 2,6 milhões.
Tedros Adhanoms disse, à época, que cabia a cada um dos países mudar o curso dessa pandemia se detectarem (casos), testarem, tratarem, isolarem, rastrearem e mobilizarem as pessoas na resposta. “Estamos nisto juntos e precisamos fazer com calma aquilo que é necessário”. Ele também já alertava para a necessidade de uma resposta mais agressiva.
O representante da OMS para situações de emergência, Mike Ryan, destacava que a utilização da palavra “pandemia” era meramente descritiva da situação e não alterava, “em nada, aquilo que já estava sendo feito, nem aquilo que os países deveriam fazer”.
A OMS alertava para os níveis alarmantes de propagação e gravidade do vírus e também para os “níveis alarmantes de falta de ação”.
Dois países em particular preocupavam a OMS naquele momento: o Irã e a Itália. O número de mortes crescia de forma assustadora. Mike Ryan avisava que outros países estariam muito em breve nessa situação, o que se confirmou.
O novo coronavírus, que começou na China, se alastrou pelo mundo inteiro. Matou pessoas, superlotou hospitais, quebrou muitas vezes a solidariedade e a economia. Paralisou a indústria, impediu aviões de levantar voo, fechou escolas e adiou ou cancelou eventos desportivos e espetáculos. Mudou toda a vida.
Os últimos dados, no dia 11 de março de 2021, precisamente um ano depois da declaração de pandemia pela OMS indicam quase 120 milhões de pessoas infectadas pelo vírus e mais de 2,6 milhões de mortes.
Brasil quebra recorde de mortes por Covid-19
O Brasil quebrou, pela terceira vez, o recorde de mortes diárias pela pandemia de covid-19. Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde divulgados no início da noite dessa quarta-feira (10), 2.286 pessoas morreram pela doença nas últimas 24 horas. Com isso, o número de mortos pela o pandemia chegou a 270.656 mil.
O número representa uma morte a cada 37,7 segundos no País. As 2.286 mortes registradas nas últimas 24 horas superam os 2.173 mortos registrados entre os dias 17 de março de 2020 (data da primeira morte registrada no Brasil) e 17 de abril do ano passado. A pandemia matou, no dia de hoje, mais pessoas que todos os acidentes aéreos registrados no Brasil nos últimos 60 anos. Informações do site Aviation Safety Network apontam que 3.427 pessoas morreram em acidentes aéreos no Brasil desde 1919 – os mortos em acidentes aéreos no País representam apenas 1,2% dos mortos pela covid-19.
Nas últimas 24 horas foram confirmados 79.876 novos casos da doença, o que pressiona a média de casos. Desde o início da crise sanitária, o País já registrou mais de 11,2 milhões de diagnósticos de covid-19.
Com um abrandamento da pandemia nos Estados Unidos – fruto de, entre outros fatores, avanço da campanha de vacinação – o Brasil deve se manter, pelo segundo dia seguido, como o País com o maior número de mortos diários pela pandemia.
Este é o terceiro recorde de número de mortes batido em uma semana – nessa terça (9), o país registrou 1.972 mortes, segundo dados do próprio Conass e do Ministério da Saúde. Com um alto índice de ocupação de UTIs no País, e um número crescente de pacientes aguardando vagas nestes leitos, a previsão é de novos e infelizes marcas sendo batidas nos próximos dias.
* Com informações da Agência Brasil e do Congresso em Foco