*Da Redação Dia a Dia Notícia
Um ataque a uma escola no oeste de Uganda por combatentes ligados ao grupo jihadista Estado Islâmico matou ao menos 37 pessoas e sequestrou outras seis, a maioria estudantes, informou um porta-voz do Exército de Uganda neste sábado (17). A imprensa local, porém, aponta que o número de vítimas fatais pode chegar a 41.
“37 corpos foram encontrados e levados para o necrotério do hospital de Bwera”, disse o porta-voz do Exército, Felix Kulayigye, em um comunicado, referindo-se à cidade perto de onde ocorreu o ataque.
O porta-voz da polícia local, Fred Enanga, explicou que a milícia ADF (sigla para Forças Democráticas Aliadas), que tem o seu reduto no leste da República Democrática do Congo (RDC), atacou uma escola secundária, “incendiou um dormitório e saqueou uma mercearia”.
“Está confirmado que todos os mortos até agora eram alunos da escola”, disse Joe Walusimbi, comissário do distrito de Kasese, onde fica a escola, situada a cerca de 2 km da fronteira.
O porta-voz da polícia disse que oito vítimas também foram resgatadas com vida, mas que “estão em estado crítico no hospital de Bwera”. Vários alunos ainda estão desaparecidos, disse Walusimbi.
O Exército e a polícia perseguem os agressores, que fugiram em direção ao Parque Nacional de Virunga, uma densa floresta na RDC que abriga gorilas ameaçados de extinção. Felix Kulayigye, porta-voz das Forças de Defesa do Povo de Uganda, nome dado às Forças Armadas do país, disse que os combatentes sequestram seis pessoas.
A Escola Secundária Mpondwe Lhubiriha, alvo do ataque, é um colégio particular localizado a poucos quilômetros da movimentada fronteira com a República Democrática do Congo e 320 quilômetros da capital Kampala. Situada em uma pobre comunidade agrícola, a maior parte das famílias na região vivem do cultivo e comércio de alimentos como milho e mandioca.
Muitas das escolas em Uganda, tanto públicas quanto privadas, têm dormitórios para alunos. Fotos e vídeos do atentado neste sábado mostram as janelas e os telhados das instalações enegrecidos pela fuligem do incêndio.
*Com informações do O Globo