*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia
O governador baiano Rui Costa (PT), futuro ministro-chefe da Casa Civil, anunciou que o terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá ter 37 ministérios. O número foi decidido neste sábado (17/12) em reunião com o presidente Lula, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) Gleisi Hoffmann e o ex-ministro Aloizio Mercadante (PT), futuro presidente do BNDES. Segundo Rui Costa, contudo, o aumento de pastas virá do desmembramento dos ministérios atuais, sem aumento de cargos ou gastos públicos.
“Foi um pedido do presidente, que foi, ao desmembrar os ministérios, não haver ampliação de cargos. Ou seja, o custo e o volume de gastos se manter independente da quantidade de ministérios. Então nós estamos finalizando a estrutura com 37 ministérios”, disse Rui Costa.
O intuito de Lula, segundo Rui, é aumentar o foco dos ministérios nos próprios temas para melhorar a gestão pública. Atualmente, o governo de Jair Bolsonaro (PL) possui 23 ministérios, mas algumas pastas foram geradas pela união de outros ministérios, que deverão ser desmembrados no governo Lula.
Quais serão os ministérios
O Ministério da Pesca e Aquicultura deverá retornar, informou Rui Costa. A pasta foi criada em 2009 e extinta em 2015 por Dilma Rousseff (PT), sendo incorporada como secretaria ao Ministério da Agricultura. Outra secretaria que voltará a ser ministério é a de Esporte, atualmente integrada ao Ministério da Cidadania, que será renomeado para Ministério do Desenvolvimento Social.
Uma nova pasta prometida pelo presidente eleito é o Ministério dos Povos Originários, voltado para proteção dos direitos indígenas. As deputadas Joênia Wapichana (Rede-RR), Sônia Guajajara (PSol-SP) e Célia Xakriabá (PSol-MG) estão cotadas para o cargo.
O Ministério do Desenvolvimento Regional será desmembrado para seu antigo formato, recriando os ministérios das Cidades e da Integração Nacional. O atual Ministério da Infraestrutura será divido em duas pastas: Transportes, que cuidará de rodovias e ferrovias; e Portos e Aeroportos.
O “superministério” da Economia, que chegou a absorver cinco pastas no governo Bolsonaro, será divido entre:
- Fazenda, chefiada por Fernando Haddad (PT);
- Planejamento;
- Gestão e Desenvolvimento;
- Indústria e Comércio;
Outras pastas com ministros confirmados na última semana foram:
- Justiça e Segurança Pública, com Flávio Dino (PSB);
- Cultura, com Margareth Menezes;
- Defesa, com José Múcio Monteiro (PTB);
- e Relações Exteriores, com Mauro Vieira.
Governador e senador eleito pelo Ceará, Camilo Santana (PT) aceitou o convite para chefiar o Ministério da Educação, mas ainda não foi anunciado oficialmente. A senadora Simone Tebet (MDB) está cotada para liderar o Ministério do Desenvolvimento Social.
Os ministérios restantes devem ser divulgados por Lula e pelo partido ao longo da próxima semana.
