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‘Fui estuprada’, revela Klara Castanho em carta aberta sobre gravidez e doação de bebê

*Da Redação Dia a Dia Notícia

Na noite deste sábado (25), a atriz Klara Castanho usou suas redes sociais para publicar uma carta aberta para esclarecer rumores que rodavam a internet sobre uma suposta gravidez e doação do bebê. A atriz revelou que estava grávida, mas que a criança era fruto de um estupro.

”Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. Sempre mantive a minha vida afetiva privada, assim, expô-la desse maneira é algo que me apavora e remexe dores profundas e recentes. No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que sofri. Fui estuprada”

Na publicação, Klara Castanho revela que não realizou boletim de ocorrência, pois sentiu vergonha e culpa pela violência que sofreu. A atriz revelou também que somente sua família tinha conhecimento do ocorrido.

A atriz conta ainda que meses após ter sofrido o estupro, começou a passar mal e a ter mal-estar.

“Um médico sinalizou que poderia ser uma gastrite, uma hérnia estrangulada, um mioma. Fiz uma tomografia e, no meio dela, o exame foi interrompido às pressas. Fui informada que eu gerava um feto no meu útero. Sim, eu estava quase no término da gestação quando eu soube. Foi um choque. Meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Eu não tinha ganhado peso e nem barriga”, explicou Klara Castanho.

A atriz diz que ao relatar ao médico que a criança era fruto de uma violência, não houve empatia por parte do mesmo.

“E mesmo assim esse profissional me obrigou a ouvir o coração da criança, disse que 50% do DNA eram meus e que eu seria obrigada a amá-lo. Essa foi mais uma da série de violências que aconteceram comigo”, afirmou a atriz.

A carta aberta revela que entre a descoberta do parto e gravidez se passaram poucos dias. Klara Castanho procurou uma advogada e decidiu entregar a criança para a adoção.

“Passei por todos os trâmites: psicóloga, ministério público, juíza, audiência – todas as etapas obrigatórias. Um processo que, pela própria lei, garante sigilo para mim e para a criança. A entrega foi protegida e em sigilo”, explicou Klara.

No dia em que a criança nasceu, a atriz conta que ainda anestesiada do pós-parto foi abordada por uma enfermeira, a qual lhe fez perguntas e a ameaçou, “Imagina se tal colunista descobre essa história”, disse a enfermeira. O tal colunista seria o jornalista Leo Dias, e ao chegar no quarto do hospital após o parto a atriz conta que já havia recebido diversas mensagens de Leo Dias com todas as informações.

“Ele só não sabia do estupro. Eu ainda estava sob efeito da anestesia. Eu não tive tempo de processar tudo aquilo que estava vivendo, de entender, tamanha era a dor que eu estava sentindo. Eu conversei com ele, eu expliquei tudo o que tinha me acontecido. Ele prometeu não publicar”, disse a atriz sem citar o nome de Leo Dias.

Outro colunista também teria entrado em contato com Klara Castanho para saber se ela estava grávida. A atriz revela que tudo o que fez foi pensando em resguardar a vida e o futuro da criança, e que cada passo está documentado e de acordo com a lei. A triz finalizou a carta aberta dizendo que está sendo amparada por sua família e que está cuidando de sua saúde mental e física.

“Minha história se tornar pública não foi um desejo meu, mas espero que ao menos, tudo o que me aconteceu sirva para que mulheres e meninas não se sintam culpadas ou envergonhadas pelas violências que elas sofrem”, finalizou a atriz.

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