Search
booked.net
Search
Close this search box.

Filme polêmico de Xuxa, ‘Amor Estranho Amor’, será exibido na televisão

Na época das filmagens, início dos anos 1980, Xuxa era uma jovem modelo em ascensão e foi convencida a participar do filme pelo seu então namorado, Pelé. “Apesar de ter Tarcísio Meira e Vera Fischer, odiei fazer. Foi uma experiência péssima”, conta ela em seu livro Memórias (Globo).

“Tem gente que, quando quer me atacar, fala desse longa como sendo um filme pornô. Nada a ver!”

Como logo começou a comandar programas com e para os pequenos (estreou o Clube da Criança, na extinta TV Manchete, em 1983, rumando para a Globo em 1986, onde iniciou o Xou da Xuxa), ela percebeu que sua nova imagem não combinava com a mostrada no filme. Assim, logo que Amor Estranho Amor começou a ser distribuído em videocassete, a já apresentadora iniciou uma disputa legal com os produtores para impedir que o filme também voltasse aos cinemas. Foi o início de um longa disputa judicial.

Em 2009, em entrevista ao Estadão, Xuxa negou agir como censora.

“Não quero proibir Amor, Estranho Amor nem banir o filme da minha carreira”, disse ela, embora, àquela altura, não incluísse o filme de Khouri na lista de suas produções cinematográficas.

“Também não renego que posei para a Playboy. O que há é que o filme de Khouri foi feito antes que eu começasse a trabalhar com crianças. Era um papel minúsculo, que os produtores, astutamente, resolveram explorar de forma que considero inadequada. Fizeram aquele cartaz e criaram slogan ‘Veja o que Xuxa faz com seu baixinho’. Sou contra exploração grosseira. Quer transformar numa safadeza, quer mostrar? Vai ter de pagar. Não dou mole. Ponho advogado em cima.”

E foi o que fez ao longo dos anos, a um custo estimado de R$ 345 mil por ano. Em 2010, por exemplo, iniciou outra disputa jurídica, agora com o Google, solicitando que o site de buscas retirasse de seus resultados fotos em que aparece nua no filme e também frases que a relacionem à prática de pedofilia.
A disputa se arrastou por diversos tribunais até que os advogados de Xuxa recorreram ao Supremo, em 2017, quando o ministro Celso de Mello negou seguimento do recurso. Segundo ele, não foi verificada, na decisão do Superior Tribunal de Justiça, “a existência de qualquer juízo, ostensivo ou disfarçado, de inconstitucionalidade das normas legais”. Ele considerou a reclamação da artista “inacolhível”.

Durante esse período de batalhas, o filme foi lançado no mercado externo, desde os Estados Unidos e a então União Soviética, até Grécia e Japão, onde recebeu o título de The Experience. Foi em 2018 que Xuxa desistiu do bloqueio e o filme, desde então, está liberado.

O Canal Brasil comprou os direitos de exibição no final do ano passado, quando o longa foi oferecido pelo produtor Anibal Massaini.

“Eu, que era coprodutora, e o Massaini sentimos no bolso o efeito da proibição”, disse Vera Fischer ao programa Cinejornal, do Canal Brasil, em novembro. “Tinha um elenco enorme. Pena que o público só viu por um tempo. Ele entrou em cartaz nos cinemas, fez ótimo público, mas saiu de circulação.”

Nessa mesma época, Xuxa já defendia que o público visse o longa.

“Assistam ao filme. E não deixem que o mais importante dele se perca: que é necessário combater o aliciamento sexual de menores para prostituição”, escreve ela, em suas memórias.

Entre no nosso Grupo no WhatsApp

Antes de ir, que tal se atualizar com as notícias mais importantes do dia? Acesse o WhatsApp do Portal Dia a Dia Notícia e acompanhe o que está acontecendo no Amazonas e no mundo com apenas um clique

Você pode escolher qualquer um dos grupos, se um grupo tiver cheio, escolha outro grupo.