*Da Redação Dia a Dia Notícia
Senadores e deputados do MDB enfrentam a concorrência dos próprios colegas do partido para garantir cargos no futuro governo de Lula (PT), além da disputa com outros partidos por vagas na Esplanada dos Ministérios. De acordo com informações divulgadas pelo UOL, Renan Calheiros e Eduardo Braga brigam para ter direito de indicar o ministro que irá representar a bancada do Senado.
Segundo o site, Braga deseja controlar novamente o Ministério de Minhas e Energia, já Calheiros quer garantir o senador eleito Renan Filho em um ministério, sem indicar preferência por qual.
Para aumentar ainda mais o impasse, Lula quer que a cadeira a ser entregue à senadora Simone Tebet, provavelmente a de Desenvolvimento Social, seja incluída na conta do MDB. Porém, as bancadas do partido no Congresso reivindicam um nome indicado pela Câmara e outro pelo Senado, e insistem que a senadora permaneça na cota pessoal do presidente eleito.
Há mais alas do MDB na Câmara, no entanto, que querem a prerrogativa de indicar um ministro. O ex-presidente do Senado e deputado eleito Eunício Oliveira (CE), que já foi titular das Comunicações no governo Lula, está nessa lista. Mas outros fatores pesam: se Renan Calheiros fizer um acordo para que Renan Filho não entre agora no primeiro escalão, mas tenha o apoio do Planalto para disputar o comando do Senado, em 2025, o também alagoano Isnaldo Bulhões pode ser o nome sugerido pela bancada na Câmara. No Senado, Renan leva vantagem na disputa por ter sido um dos primeiros do MDB a embarcar no projeto de Lula de voltar à Presidência.
Já Braga, que também apoiou Lula, ajudou o petista a vencer no Amazonas, foi ministro de Minas e Energia no governo de Dilma Rousseff, mas manteve proximidade com o governo de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso. Na prática, o MDB já sinalizou a preferência por comandar pastas que tenham “capilaridade” ou apelo nos municípios, como Desenvolvimento Regional, Infraestrutura, Cidades e Desenvolvimento Social – as duas últimas a serem recriadas. Nos bastidores, um grupo do MDB avalia que petistas têm aproveitado a divisão no partido para tentar rifar o nome de Simone.
*Com informações do UOL