Neste momento de crise que o mundo todo vive por conta da pandemia de Covid-19 e a necessidade do isolamento social, a redução das atividades econômicas já geram preocupações quanto ao futuro e, neste âmbito, estão também as finanças pessoais. Não deixar-se influenciar por compras por impulso – e utilizar-se de gatilhos para as decisões de compra emocionais – além de priorizar despesas e, se possível, começar uma reserva, são algumas das dicas apontadas pela economista e educadora, Andreia Saragoça, que atua como consultora e planejadora financeira pessoal.
Nesta sexta-feira (3), às 16h, ela abordará essas e outras questões na live temática “Dinheiro: medidas para enfrentar o impacto do coronavírus nas finanças pessoais”, que será realizada no perfil do Conselho Regional de Economia do Amazonas – 13ª Região (Corecon-AM), @corecon13am, a convite da entidade.
Andreia Saragoça é membro da Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. Além disso, é certificada em Psicologia Econômica pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI/USP). Atualmente atua como Conselheira e Coordenadora de Educação Financeira no Conselho Regional de Economia de Mato Grosso do Sul (Corecon/MS-20ª Região).
“O ideal é fazer um planejamento orçamentário de um ano, mas para este momento, podemos relacionar as despesas e receitas previstas pelos próximos três meses, o que nos ajuda a termos uma visão do que vai acontecer em termos financeiros em nossas vidas e fazer adequações onde for necessário”, afirma a economista.
Saragoça explica ainda que é importante fazer escolhas adequadas para a vida financeira de cada um. “Não é ajustar e fazer o que o outro faz, tenho que ter em mente se os meus interesses estão sendo considerados. É disso que se trata a economia comportamental. È preciso usar a questão emocional a nosso favor: por exemplo, ver o que eu não preciso comprar nesse período ou o que eu preciso, mesmo sendo supérfluo, mas que vá proporcionar algum conforto a longo prazo neste momento em que estamos pressionados em com angústia”, afirma.
A ideia, neste caso, é rever hábitos, a partir da psicologia econômica considera o uso do sistema 1 (emocional) mais frequente que o sistema 2 (racionalidade) quando o assunto é o consumo. “O sistema 1 é muito mais usado no consumo, precisamos ativar o sistema 2 e fazer uso do consumo consciente”, explica.
Outra dica importante é identificar o que se pode deixar de pagar – que não incide juros ou multa – para construir uma reserva nesse período. “Cuidar melhor do dinheiro agora para evitar piora em situações complicadas no futuro é o que podemos fazer, além, claro de rever as despesas e adequá-las de acordo com a nova realidade e, se possível, passar a adotar isso para o resto da vida”, afirma a economista.
Nesse contexto, Andreia Saragoça lembra que é uma oportunidade para desmistificar a ideia de que é difícil lidar com dinheiro. “A gente precisa falar sobre dinheiro, se aproximar do assunto, por meio da educação financeira, entender da diferença entre poupar e investir, por exemplo. Poupar é gastar com parcimônia, comprar menos, de maneira consciente, pesquisar mais; já investir é fazer um capital render, fazer o dinheiro trabalhar. O dinheiro é fruto do nosso trabalho, que nos oportuniza adquirir coisas para que possamos ter qualidade de vida”.
A live “Dinheiro: medidas para enfrentar o impacto do coronavírus nas finanças pessoais”, que acontece nesta sexta-feira (3), às 16h, contará ainda com a participação de convidados como a economista Arlene Gomes, consultora empresarial; e dos economistas Jefferson Praia, apresentador do programa “Economia em Debate” e Francisco de Assis Mourão Jr, presidente do Corecon-AM.
