Manaus, terça-feira 23 de dezembro de 2025
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Dos 27 estados brasileiros, 24 estão conectados à Amazônia pelos crimes ambientais

45% das operações policiais investigaram crimes ocorridos em áreas protegidas na Amazônia, com práticas ilícitas cometidas em 37 Terras Indígenas.
Balsas de garimpo no Rio Madeira, em Autazes (AM). Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real

*Da Redação da Dia a Dia Notícia 

Em vez de elos construídos com o restante do país pelas potencialidades de seu patrimônio natural e cultural de valor inestimável, são os crimes ambientais que conectam quase todo o Brasil à Amazônia. Uma análise realizada pelo Instituto Igarapé constatou que, em 24 dos 27 estados brasileiros, existem ramificações ligadas ao desmatamento como motor impulsionador de atividades econômicas ilegais na Amazônia. As exceções são Alagoas, Paraíba e Pernambuco.

Conforme reportagem do portal Mongabay, práticas como o roubo de madeira, o garimpo (principalmente de ouro) e a grilagem de terras públicas, estão, segundo a análise, diretamente conectadas a crimes que se espalham por todo o país, entre eles sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, corrupção, associação criminosa, estelionato e tráfico de animais silvestres.

Um total de 254 municípios brasileiros e oito cidades da América do Sul integra essa teia de negócios ilícitos que contribui direta e indiretamente para a degradação da maior floresta tropical do mundo.

Na Amazônia, o Pará é o estado que lidera com mais aparições no mapeamento, com 161 localidades em 46 municípios envolvidos. Na sequência estão Rondônia (122 localidades em 29 municípios) e Amapá (101 localidades em 10 municípios). Fora da região, o destaque é o estado de São Paulo (36 localidades), seguido de Paraná (14) e Goiás (10).

Analisando informações geradas por mais de 300 operações da Polícia Federal (PF), realizadas entre 2016 e 2021 na região, pesquisadores constataram que a economia ilegal da madeira é a que está mais espalhada pelo país. São 23 estados e 166 municípios conectados.

Já o garimpo envolve 125 cidades de 20 estados brasileiros. Além de crimes ambientais, essa cadeia que se vincula, principalmente, à extração de ouro, está associada a outras ilegalidades como fraude, sonegação de impostos e lavagem de dinheiro.

Os dados analisados indicaram que as Terras Indígenas (TIs) foram alguns dos principais alvos das ilegalidades praticadas por organizações criminosas que atuam na Amazônia a partir de redes nacionais e internacionais.

  • Dos 27 estados brasileiros, 24 estão conectados à Amazônia pelos crimes ambientais. Essas ramificações, identificadas a partir de dados de mais de 300 operações da Polícia Federal entre 2016 e 2021, envolvem 254 municípios.

  • O desmatamento está no centro da economia da ilegalidade, impulsionando quatro principais atividades: roubo de madeira, garimpo, grilagem de terras públicas, além de passivos ambientais do setor agropecuário.

*As informações são da Mongabay 

 

 

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