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Desmatamento da Amazônia em abril foi o maior em 10 anos, diz instituto

Área de desmate aumentou 171% em comparação com o mesmo mês no ano passado; Um terço de toda a área desmatada está concentrada no Estado do Pará
Desmatamento

Em meio à crise da pandemia do novo coronavírus, o desmatamento da Amazônia segue registrando recordes no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O desmatamento da Amazônia em abril foi o maior dos últimos dez anos, com 529 km² da floresta derrubada. Os dados divulgados nesta segunda-feira, dia 18, são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que não é ligado ao governo.

Com esta cifra, a região teve, no mês passado, um aumento de 171% em relação a abril de 2019. Segundo a organização, quase um terço (32%) de toda a área desmatada está dentro do Pará, Estado que liderou o ranking dos que mais perderam área de floresta neste mês.

Depois do Pará, o segundo Estado que mais desmatou foi o Mato Grosso, que respondeu por 26% da área desflorestada; em terceiro lugar ficou Rondônia (19%), seguido pelo Amazonas (18%), Roraima (4%) e Acre (1%).

Ainda de acordo com o levantamento do Imazon, 10 cidades foram responsáveis por mais da metade de todo o desmatamento da região em abril:

  1. Altamira (PA) –72 km²
  2. São Félix do Xingu (PA) – 44 km²
  3. Apuí (AM) – 38 km²
  4. Porto Velho (RO) – 31 km²
  5. Lábrea (AM) – 23 km²
  6. Colniza (MT) – 22 km²
  7. Novo Progresso (PA) – 16 km²
  8. Candeia do Jamari (RO) – 14 km²
  9. Cujubim (RO) – 14 km²
  10.  Jacareacanga (PA) – 12 km²

 

Território Yanomami

O aumento ocorre em meio à recomendação de distanciamento social devido à pandemia do novo coronavírus. A organização alertou para o desmatamento em terras indígenas e reforçou que esta população está entre as mais vulneráveis à Covid-19.

Um levantamento feito pelo Instituto Socioambiental apontou que o território Yanomami, localizado entre Roraima e Amazonas, é um dos mais vulneráveis durante a pandemia. Os satélites do SAD identificaram que este foi o segundo mais desmatado em abril.

De acordo com a Funai, já foram confirmados mais de 350 casos de Covid-19 em indígenas no Brasil, mais de 20 somente no Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami.

Monitoramento

O SAD, do Imazon, é um dos sistemas mais usados para monitorar o desmatamento da Amazônia, juntamente ao Prodes e ao Deter, que são mantidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O SAD também usa imagens de satélites mas, diferentemente do Prodes e do Deter, não é um dado produzido por agências de governo.

Segundo o Imazon, o sistema também monitora as florestas por meio de nuvens. E acompanha somente as “florestas primárias”, ou seja, aquelas que não foram restauradas ou regeneradas.

 

 

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