*Lucas dos Santos, da Redação Dia a Dia Notícia
O deputado federal e vice-presidente da Câmara dos Deputados Marcelo Ramos já sinalizou que não deve continuar no Partido Liberal (PL) após a filiação do presidente Jair Bolsonaro, de quem é ferrenho opositor. Quando o casamento do mandatário com partido ainda estava somente no horizonte, Ramos já havia dito que não subiria no mesmo palanque que Bolsonaro, acrescentando que ele faria com o PL o mesmo que fez com o Partido Social Liberal (PSL).
A antiga legenda do presidente rachou após a tentativa dele de assumir o total controle do partido, brigando com antigos aliados como o presidente do PSL, Luciano Bivar, e o falecido ex-ministro e coordenador de sua campanha em 2018, Gustavo Bebianno.
Procurada pela reportagem do Dia a Dia Notícia, a assessoria de Marcelo Ramos informou que o parlamentar quer sair do PL pela porta da frente e manter o bom relacionamento com seus colegas que decidirem permanecer na legenda. Marcelo Ramos só deixará o partido após conversar com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Disputa pelo parlamentar
Até o momento, pelo menos sete partidos procuraram Marcelo Ramos oferecendo filiação: Solidariedade, Partido Social Democrático (PSD), Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido Socialista Brasileiro (PSB), União Brasil (fusão do Democratas com o PSL, ainda não oficializada pelo Tribunal Superior Eleitoral), Republicanos e Podemos, que conta com o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro como pré-candidato à presidência da República.
Com opções da esquerda à direita, a tendência é de que Marcelo fique em uma legenda mais ao centro. Até o momento da publicação desta matéria, o deputado não decidiu para qual partido irá, mas as maiores possibilidades citadas por Ramos ao portal UOL são o PSB, do deputado estadual Serafim Corrêa e do qual Marcelo já fez parte; o PSD, do senador Omar Aziz, com quem mantém um bom relacionamento; e o Republicanos, de Silas Câmara, apesar do partido ser um dos maiores aliados do presidente Jair Bolsonaro e que possivelmente fará parte da coligação para sua tentativa de reeleição em 2022.
Outro partido possível para Marcelo Ramos é o PDT, presidido no Amazonas pelo ex-deputado federal Hissa Abrahão, devido ao parlamentar ter sido eleitor de Ciro Gomes nas eleições de 2018. O convite de filiação foi feito pelo presidente da legenda, Carlos Lupi.