*Da Redação Dia a Dia Notícia
O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), evitou responder uma pergunta sobre o pagamento do abono do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para os professores da rede municipal. A situação ocorreu durante a posse do novo titular da Secretaria Municipal de Educação, Júnior Mar, nesta terça-feira (1º).
O chefe do Executivo foi questionado pelo portal Rios de Notícias sobre o pagamento do abono, mas disse que isso seria “notícia para outra reunião”.
“Isso é uma boa notícia que nós temos, porém, no momento certo e no momento adequado. Aguardem”, disse.
Em dezembro de 2024, ao contrário da gestão do governador Wilson Lima (União), David Almeida anunciou que não haveria pagamento do abono do Fundeb. À época, o prefeito afirmou que não havia sobrado dinheiro suficiente. O governo estadual, por sua vez, pagou valores de até R$ 13,5 mil a 32 mil servidores da educação.
“Nós não devemos nenhuma reposição salarial, nós estamos fazendo as progressões […] Nós temos a administração desses recursos e nós estamos fazendo a aplicação da forma correta, então ele não sobra para você gratificar com o chamado a bônus”, disse David ao site Radar Amazônico.
De acordo com informações do Portal da Transparência, a Prefeitura de Manaus recebeu R$ 1,7 bilhão do governo federal por meio do Fundeb em 2024, o maior repasse já registrado ao município. Em 2022, a última vez em que os professores receberam o abono, o valor foi de R$ 1,5 bilhão.
Entre fevereiro e março deste ano, o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) admitiu duas representações contra a Semed por suspeitas de irregularidades no Fundeb. A primeira investigação procurava averiguar supostos atos ilegais durante a gestão de Dulce Almeida, irmã de David Almeida.
A segunda representação foi movida pelo vereador Zé Ricardo (PT), que recebeu reclamações de professores da rede municipal por não receberem o abono do Fundeb. O TCE acatou o pedido para investigar possíveis irregularidades nos repasses do recurso.
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