A dedicação e o carinho por parte da família é fundamental para crianças com diabetes, principalmente por parte dos pais. São eles que devem sempre ficar atentos em manter uma frequência nas consultas médicas para saber se a criança está com uma velocidade adequada do aumento de peso e altura e também para ajustes na terapia insulínica, que varia de acordo com as fases do desenvolvimento.
A automonitorização da glicemia, a educação em diabetes, a prática de atividade física e o controle nutricional são necessidades comuns e importantes em qualquer faixa etária de pacientes com DM1, tanto nas crianças quanto nos adultos, e precisa fazer parte da rotina de tratamento.
É importante a ajuda dos pais na inclusão da automonitorização no dia a dia do paciente, realizada de forma natural e sempre envolvendo seu filho nas decisões tomadas. Aos poucos, a criança irá perceber a importância desse controle para sua própria saúde.
Nem sempre a criança entende ou aceita bem a doença. Por conta disso, o acompanhamento de um psicólogo deve ser feito, se necessário.
Realizar a integração dos pacientes com outras crianças que também possuem diabetes, através de encontros, associações e acampamentos é um ótimo meio de, além de ajudar seu filho a lidar com a questão, ensiná-lo e educá-lo mais sobre o assunto.
É fundamental que os pais evitem a superproteção e a discriminação no processo de aceitação.
Após a infância e adolescência, os cuidados devem continuar os mesmos, mas o paciente deve ser encaminhado para um ambulatório de transição, onde o endocrinologista pediátrico e o endocrinologista adulto e sempre acompanhados de um nutricionista pediátrico para que atendam simultaneamente a criança. Geralmente entre 15 e 19 anos acontece essa mudança, mas isso varia de acordo com o caso.

Por Anny Melo
Nutricionista – CRN 5616 AM. Formada pela Uninorte/ AM. Pós-Graduada em nutrição clínica e terapia nutricional – Ganep/ SP; Pós-Graduada em prescrição de fitoterápicos e suplementos clínicos e esportivos – Estácio/ SP; Pós-Graduada em nutrição pediátrica com ênfase em materno infantil Estácio/SP; Pós-Graduada em Docência – Nilton Lins/ AM. Mestranda em nutrição e dietética – Funiber; Membro da Ambo – Associação Médica Brasileira de Prática Ortomolecular. Também professora do curso de pós-graduação em nutrição funcional da Estácio e Fametro com as disciplinas de distúrbios no tratogastronitestinais com ênfase no tratamento dietoterápico, nutrição materno infantil, nutrição geriátrica, dietoterapia 2 e 3, interação droga e nutriente e nutrição e estética.