A Covax Facility, iniciativa global capitaneada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), anunciou que pelo menos 1,3 bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19 serão disponibilizadas a 92 países pobres até o primeiro semestre de 2021. Apesar de integrar a aliança global, o Brasil não está listado entre os que receberão as doses neste primeiro momento, segundo o Metrópoles.
Até agora, a Covax já reuniu US$ 2,4 bilhões em doações (cerca de R$ 12,2 bilhões). Segundo a aliança internacional, o financiamento arrecadado em 2020 e as promessas iniciais para 2021 vão garantir a vacinação de 20% da população mundial, possibilitando “o caminho mais claro até o momento para encerrar a fase aguda da pandemia globalmente até o final de 2021”.
Nesta sexta-feira (18/12), a Covax anunciou a compra antecipada de 170 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca e um memorando de entendimento com a Johnson & Johnson para garantir 500 milhões de doses do imunizante da empresa.
A Covax também divulgou acordos existentes com o Serum Institute of India (SII) para 200 milhões de doses, com opções para até 900 milhões de doses a mais, bem como uma declaração de intenção para aquisição de 200 milhões de doses da vacina Sanofi/GSK.
No comunicado, a aliança informa, ainda, que terá o primeiro direito de recusa em 2021. Isso significa que a Covax poderá acessar mais de um bilhão de doses que serão produzidas por candidatos do portfólio de pesquisa e desenvolvimento da aliança. A estimativa foi calculada com base em levantamentos atuais dos processos de fabricação e está sujeita ao sucesso das vacinas e à aprovação regulatória.
A coalizão publicou, também, os Princípios para Compartilhamento de Dose, diretrizes que fornecem estruturas para que economias de renda mais alta disponibilizem volumes adicionais garantidos por meio de negócios bilaterais. Esses princípios definem que tais doses devem ser seguras e eficazes, disponíveis o mais cedo possível e em volumes substanciais o mais cedo possível em 2021, segundo a Covax.
