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Corrida Eleitoral: partidos escolhem seus pré-candidatos a base de ideologia entre “bem e o mal”

*Pricila Assis – Especial para o Dia a Dia Notícia

A janela partidária no Estado do Amazonas encerrou, na última sexta-feira (5), para os que têm a intenção de concorrer aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereadores nas eleições municipais deste ano. Alguns partidos definiram os nomes que vão disputar a cadeira da Prefeitura de Manaus como o Partido Liberal (PL), Novo, Mobiliza, Avante, União Brasil (UB) e Cidadania/PSDB, mas ainda sem definição pelas federações que compõe PSOL/Rede e PT/PCdoB/PV, grupos que discutem qual melhor representante de esquerda que vai encarar a corrida eleitoral.

Neste ano, as legendas que compõem a esquerda estudam quais os melhores posicionamentos e alternativas para enfrentar a direita, que veem como militantes conservadores. Enquanto o lado da direita enxerga a esquerda como extrema por lutar pela igualdade social e políticas públicas para as minorias.

As eleições de 2022 foram acirradas, o qual o presidente do Brasil, Lula (PT) venceu com 51,1% contra o ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), que teve 48,90% de votos alcançados. Agora a disputa será no cenário municipal, que tem apoio dos dois personagens políticos, sendo fortes influenciadores na população amazonense.

Para o cientista político, Carlos Santiago, comenta que em regra a maioria dos políticos que possuem mandatos na atualidade e, aqueles também que queriam disputar um cargo eletivo, mas eles são de 2024, não possuem fidelidade ideológica.

“Agem de acordo com os interesses locais de grupos políticos e eleitorais. Então, diante disso, é fácil entender a filiação de um político em um partido de esquerda para apoiar. Um candidato ou uma candidata de direita. Assim como um partido considerado de esquerda pode, por exemplo, no caso do PDT de Manaus, declarar apoio a uma candidatura do União Brasil, um partido de centro-direita. E também você pode identificar um político como Marcelo Ramos, que já foi de um partido comunista, partido de direita, de um partido de centro-direita, e agora se filhou num partido de esquerda. Então, em regra, alguns partidos e muitos políticos agem por puro oportunismo de interesse eleitoral, mas não dentro de um viés ideológico e de uma fidelidade à história e ao estatuto”, analisa.

Já o analista político, Helson Ribeiro, alerta que as eleições tornaram-se uma visão maniqueísta dentro da democracia brasileira.

“As pessoas podem estar às vezes em lados antagônicos e desde que se respeitem saibam que às vezes o outro lado pode ter uma determinada razão. Eu acho que gera harmonia social quando acha que só você é o dono da verdade, dono da sapiência e que está do lado do bem, aí essa tendência. Então, diria que a democracia brasileira que engatinha ainda perto de outras democracias, ela nos últimos seis e sete anos, enveredou por esse caminho, que no meu entendimento, é perigosíssimo esse caminho”, afirma.

Pré-candidatos de esquerda

Com a entrada do ex-deputado federal, Marcelo Ramos, no Partido dos Trabalhadores (PT), alguns membros filiados à legenda que colocaram os seus nomes à pré-disposição para concorrer ao cargo majoritário, declinaram a favor de Ramos. Entre eles está o vereador, Sassá da Construção (PT), que retirou o seu nome por senso a militância do partido político.

“O nome de Marcelo Ramos foi indicado pelo presidente Lula e pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann. Retirei a minha candidatura para a gente apoiar 90% o Ramos como pré-candidato a Prefeitura de Manaus. Existem também a Anne Moura, que também é pré-candidata, mas Lula decidiu pelo ex-deputado federal e, é preciso treinar a minha caminhada para apoiar o colega”, declara.

Além do parlamentar municipal, retiram as candidaturas o presidente do PT Manaus, Valdemir Santana, e o membro titular do Diretório Nacional do PT, Luiz Borges. Na federal PT/PCdoB/PV, outro nome que não pretende se retirar da disputa eleitoral, é o ex-deputado federal Eron Bezerra (PCdoB) e a secretária Nacional de Mulheres do PT, Anne Moura.

Divulgação

A pré-candidata para Prefeitura de Manaus, Anne Moura, afirma que o processo seguirá com rito interno do PT, sendo justa e transparente aos que se colocaram à disposição para o cargo majoritário.

“Agora vamos estabelecer o debate interno, que é o processo democrático. Continuo afirmando que o melhor perfil que agregar mais para fazer a disputa eleitoral será o escolhido, não tenho dúvidas que precisamos ter uma candidatura unificada para cidade de Manaus”, disse.

O site Dia a Dia teve acesso a conteúdo de grupos de whatsapp, que existem apoios divididos entre Anne Moura e Marcelo Ramos, porém, nos bastidores afirmam que poderá acontecer uma aliança de Ramos ser o cabeça da chapa e Anne ser vice.

Na tarde deste sábado (6), a pré-candidata a Prefeitura de Manaus, soltou um post que criticava os homens pré-candidatos, no interesse de apoiar Marcelo Ramos.

“Isso comprova o que eu venho dizendo: Às outras candidaturas foram portas na tentativa de me invisibilizar. E mais uma vez reafirmo, a minha pré-candidatura não é mentira”, aponta.

Já Marcelo Ramos, respondeu a sua crítica nos comentários, expressando apoio a colega de partido na sua pré-candidatura.

“O certo que estaremos juntos contra o atraso, que significa o bolsonarismo em Manaus e, em defesa do legado do presidente Lula e do PT, além de construir alternativas para melhorar a vida da nossa gente”, afirma.

Pré-candidatos confirmados

Quem deve concorrer ao segundo mandato como prefeito de Manaus será David Almeida (Avante), que ainda nos bastidores declarou a possibilidade de seu vice ser o vice-governador do Amazonas, Tadeu Souza (Avante). Outro nome que poderá voltar a ser mencionado como possível vice-prefeito de David Almeida, mas que por hora, teve o seu nome descartado, é o secretário municipal de infraestrutura, Renato Júnior.

No PL, o deputado federal Capitão Alberto Neto, se colocou à disposição para concorrer às eleições no cargo majoritário. Quem ainda estava no PL algumas semanas era o Coronel Menezes, que agora faz parte do Partido Progressistas (PP), a qual poderá disputar as eleições, só ainda não está definido se concorrerá como vereador ou vice, contudo, continua com o apoio do ex-presidente da República, Bolsonaro (PL).

Outro nome que também ainda não tem vice-prefeito, é a chapa do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB). Segue no mesmo ritmo de sem definições de vice o deputado federal Amom Mandel (Cidadania/PSDB); Maria do Carmo Seffair (Novo) e Wilker Barreto (Mobiliza).

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