*Da Redação Dia a Dia Notícia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) exonerou o almirante Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia. O militar deixa a pasta em meio a críticas do presidente à política de preços da Petrobras e a sua oposição ao projeto do Centrão para entregar R$ 100 bilhões ao empresário Carlos Suarez, dono da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) e de outras sete empresas do ramo no Brasil.
A troca no ministério ocorre quase um mês depois da mudança na presidência da Petrobras. O general Joaquim Silva e Luna foi demitido por rusgas com Bolsonaro devido ao preço da gasolina. O militar foi substituído pelo executivo José Mauro Coelho.
No lugar de Albuquerque, Bolsonaro nomeeou o economista liberal Adolfo Sachsida. O novo ministro agradeceu ao presidente e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, por meio de suas redes sociais. Sachsida é um dos homens de confiança de Guedes.
“Agradeço ao Presidente Jair Bolsonaro pela confiança, ao ministro Guedes pela apoio e ao ministro Bento pelo trabalho em prol do país. Com muito trabalho e dedicação espero estar a altura desse que é o maior desafio profissional de minha carreira. Com a graça de Deus vamos ajudar o Brasil”, escreveu.
Centrãoduto
A demissão de Bento Albuquerque pegou muitos analistas e políticos de surpresa. A conturbada troca de comando na Petrobras e a sua oposição à manobra do Centrão em favor de Carlos Suarez foram determinantes para sua saída.
Base de apoio a Bolsonaro no Congresso Nacional, os políticos do Centrão tem articulado nos bastidores uma emenda surpresa que pode entregar R$ 100 bilhões para o empresário conhecido como Rei do Gás. A natureza polêmica da manobra fez o projeto ser apelidado de “Centrãoduto”, em referência aos gasodutos do projeto.