*Da Redação Dia a Dia Notícia
O casamento de Isabele Oliveira Simões, filha de Erisvanha Ramos de Souza e do empresário José Ferreira de Oliveira, o ‘Passarão’, fundador do poderoso Grupo Chibatão, está gerando um grande impasse judicial. A cerimônia, que aconteceu na Itália, custou cerca de 5 milhões de euros (aproximadamente R$ 30 milhões) e aconteceu apenas um mês após a morte de ‘Passarão’. O que parecia ser uma celebração de amor, no entanto, esconde questões legais complexas, especialmente relacionadas ao uso do espólio do empresário.
Embora o evento tenha sido grandioso, com 150 convidados, incluindo figuras de destaque como políticos e juízes, a festa não foi financiada pelo herdeiro oficial do Grupo Simões, mas sim por Erisvanha Ramos, que é a inventariante do espólio de seu falecido marido. O problema, segundo especialistas, é que ela teria utilizado recursos da fortuna deixada por ‘Passarão’ sem a autorização de outros herdeiros e sem aprovação judicial.
Como inventariante, Erisvanha tem o dever de administrar o patrimônio até que a divisão entre os herdeiros seja realizada. No entanto, o uso de R$ 30 milhões para financiar uma celebração de luxo em um momento de luto é questionado, pois tal decisão pode ter sido tomada sem o consentimento dos demais envolvidos. Isso levanta sérias suspeitas sobre a legalidade da utilização desses recursos, com a possibilidade de que a viúva enfrente consequências criminais por uso indevido do espólio.
Em contraste com o casamento de Isabele, o evento de sua irmã, Jéssica Almeida de Oliveira, foi mais simples e discreto. Em 2019, quando ‘Passarão’ ainda estava vivo, Jéssica se casou com Yuri Barbosa na Villa Garolfo, na Itália, com apenas 30 convidados. A cerimônia, organizada pela renomada designer Bia Coutinho, foi um evento intimista e elegante, em total desacordo com a ostentação do casamento de Isabele, que mais parecia um espetáculo de Hollywood.
A comparação entre os dois eventos gerou inúmeros comentários em Manaus, especialmente pela grande diferença no estilo e custo das celebrações. Enquanto o casamento de Jéssica foi discreto e familiar, o de Isabele foi marcado por excessos e uma decoração de conto de fadas. O que muitos questionam é quem realmente bancou essa extravagância, dado que a festa foi financiada com recursos do espólio de ‘Passarão’.
Nos bastidores, a insatisfação entre os herdeiros é crescente. Eles pedem transparência e responsabilidade no uso do patrimônio, especialmente em um momento tão delicado como o de luto pela morte do patriarca. O comportamento de Erisvanha ao escolher como destinar os recursos do espólio será agora analisado judicialmente, e a viúva pode ser responsabilizada por qualquer abuso na administração da fortuna deixada por ‘Passarão’.
O tribunal será o responsável por avaliar se as ações de Erisvanha são justificáveis ou se a viúva será chamada a responder pelas escolhas feitas com o dinheiro da família. As próximas semanas podem trazer novos desdobramentos nesse caso, que já gerou grande repercussão no meio jurídico e entre os envolvidos.