*Da Redação Dia a Dia Notícia
Em mais uma passagem pela cidade de Manaus, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer que não mexerá no modelo Zona Franca de Manaus, que sustenta o estado do Amazonas. Contudo, o governo federal, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu trechos dos decretos presidenciais que prejudicavam o Polo Industrial de Manaus.
Bolsonaro reafirmou que o modelo Zona Franca é “responsável por manter a Amazônia longe da cobiça internacional” durante o evento da igreja evangélica Ministério Internacional da Restauração (MIR). O presidente exaltou o fato do modelo ter sido criado na ditadura militar. Na época, o intuito dos militares era controlar a Região Norte, até então praticamente esquecida desde o fim do ciclo da borracha.
O presidente pontuou o aumento na produção de motocicletas, um dos principais produtos do Polo Industrial de Manaus.
“É sempre uma satisfação passar por esse estado que é o coração do Brasil. E eu vou falar uma frase sobre a economia aqui do estado. Não adianta criticarem. O governador [Wilson Lima] é testemunha como tem aumentado a produção e montagem de motos aqui na Zona Franca de Manaus”, disse.
Na contramão das falas do presidente, o governo federal vem atuando para retomar os decretos que diminuiram o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), prejudicando a competitividade da Zona Franca de Manaus em relação a outros polos industriais do Brasil. A bancada federal amazonense, liderada pelo senador Omar Aziz (PSD), voltou ao STF recentemente para rebater os argumentos da AGU. O julgamento do recurso contra a liminar de Alexandre de Moraes ainda não foi marcado.