*Da Redação Dia a Dia Notícia
A artista e ativista indígena Maria do Rio Negro Kaxinawa, mulher trans, denunciou nas redes sociais, nessa sexta-feira (4), um caso de transfobia e racismo que teria sofrido na noite anterior dentro de uma academia localizada na avenida das Torres, zona Centro-Sul de Manaus.
Em vídeo publicado no Instagram, Maria relatou que foi impedida de entrar no banheiro feminino por outras frequentadoras do local, que alegaram sentir-se desconfortáveis com sua presença no local. Segundo ela, uma das acusações foi de que estaria gravando pessoas dentro do banheiro, o que ela negou veementemente. “Não gravei ninguém, isso é mentira. Isso é transfobia, é racismo, é violência contra minha existência”, afirmou a artista.
A situação gerou comoção nas redes sociais e levantou um debate sobre os direitos de pessoas trans em espaços públicos e privados, incluindo academias, estabelecimentos comerciais e instituições de uso coletivo.
Maria, que também é ativista pelos direitos dos povos originários, reforçou que seguirá exigindo respeito à sua identidade e lutando por igualdade.
“Sou mulher, sou indígena, sou artista. Tenho o direito de existir e ocupar os mesmos espaços que qualquer pessoa”, disse.
Até o momento, a academia Live não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Organizações de direitos humanos e coletivos LGBTQIAPN+ também começam a se mobilizar em apoio à artista.