O “superpedido” de impeachment chancelado pela Câmara dos Deputados nessa quarta-feira (30) não será analisado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), aliado do governo Bolsonaro.
Segundo ele, o “superpedido” não é nada mais que uma compilação de tudo o que já existia e afirmou que esperará o fim da CPI.
“Na realidade impeachment, como ação política, a gente não faz com discurso, a gente faz com materialidade”, afirmou o presidente da Casa.
O documento conta com 46 assinaturas de diferentes deputados tanto de oposição e centro-direita quanto ex-bolsonaristas, a exemplo de Alexandre Frota (PSDB-S) e Kim Kataguri (DEM-SP) e, também conta com 271 páginas apontando 23 crimes que Bolsonaro teria cometido desde que assumiu a Presidência da República. O texto foi escrito pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e é assinado não só por parlamentares como por associações representativas da sociedade e personalidades.
Lira destacou outros 120 pedidos na fila, e ao final da conversa com jornalistas, o presidente da Câmara ironizou o trabalho sendo feito na CPI
“Vou esperar a CPI, está fazendo um belíssimo trabalho, bem imparcial”, completou em tom irônico.