*Da Redação Dia a Dia Notícia
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu hoje (28/03) exoneração do cargo. A demissão ocorreu a pedido dele e foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Na semana passada, a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar o ministro. A medida foi autorizada pela ministra do Cármen Lucia, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A investigação foi aberta após a publicação de matérias na imprensa sobre suposto favorecimento na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC). Na última segunda-feira (21/03), uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo divulgou um áudio em que Milton Ribeiro diz favorecer, a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), prefeituras de municípios ligados a dois pastores evangélicos.
Após a divulgação do caso, em nota divulgada à imprensa, o então ministro Milton Ribeiro disse não haver nenhum tipo de favorecimento na distribuição de verbas da pasta. Segundo Ribeiro, a alocação de recursos federais segue a legislação orçamentária.
“Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”, disse.
Segundo notícias veiculadas ao longo da semana, os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos pediam propina em barras de ouro e até mesmo em bíblias para liberar recursos da Educação às prefeituras. Pelo menos dez chefes de executivo municipal relataram os pedidos de propina. O escândalo mais recente foi a descoberta de uma série de bíblias com as fotos do ministro Milton Ribeiro e dos pastores Arilton e Gilmar. As bíblias foram distribuídas em julho de 2021 durante um evento realizado pelo MEC.