*Da Redação Dia a Dia Notícia
Depois da volta do recesso parlamentar no Senado Federal, a criação do estado de Tapajós, que surgiria da divisão do estado do Pará, será um dos temas que estará em discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O projeto, que visa a convocação de um plebiscito sobro o novo estado, estava previsto para ser votado em novembro de 2021, porém um pedido de vista coletivo tirou a matéria da pauta de votação.
O senador Plínio Valério (PSDB) é o relator do projeto e defende a criação do novo estado. De acordo com o parlamentar, a região conta com uma importante produção de cacau, além do minério, porém a riqueza gerada não é revertida em serviços públicos para a população da região.
Após 10 anos, o tema volta a ser analisado pelos parlamentares depois da realização do plesbicito sobre a divisão do estado do Pará em três partes: Pará, Carajás e Tapajós. Na ocasião, a população recusou o desmembramento. Se aprovado, o novo plesbicito consultará a população sobre a criação do estado. Havendo assim desmembramento do território compreendido por 23 municípios localizados a oeste do Pará.
O senador Eduardo Braga (MDB) manifestou ser favorável com os argumentos do senador Plínio Valério. Afirmou que o oeste do estado do Pará é um fronteira agrícola vigorosa e possui importantes portos para escoamento da produção de soja de Mato Grosso e de circulação de componentes utilizados na Zona Franca de Manaus. Porém, Braga reforça que a aprovação do projeto apenas autoriza o plebiscito, para que a população seja consultada e tome a decisão sobre a criação do novo estado.
De acordo com Plínio Valério, o novo estado possuiria cerca de 43,15% do atual território do Pará, em sua porção oeste totalizando 538,049 mil quilômetros quadrados contando com 23 municípios e cerca de 2 milhões de habitantes. Segundo dados do ano de 2018, o produto interno bruto (PIB) estimado da região é de aproximadamente R$ 18 bilhões. O estado do Tapajós contaria com 8 deputados federais e 24 estaduais.