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Ao lado de Pazuello, Bolsonaro faz passeio de moto no Rio de Janeiro e gera aglomeração

Presidente é escoltado por policiais e não usa máscara de proteção
Legenda: Presidente estava acompanhado de ministros no passeio Foto: André Borges/AFP

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou, neste domingo (23), de um passeio pelas ruas do Rio de Janeiro. Ele percorreu mais de 30 quilômetros na cidade. O evento ocorreu três dias após ele dizer, em live, que voltou a ter sintomas da Covid-19. O passeio gerou aglomeração. Agora, o presidente reúne aliados em um trio elétrico. Entre os presentes está o ex-ministro Eduardo Pazuello.

A Prefeitura do Rio de Janeiro estima que participam do evento de 10 mil a 15 mil pessoas. Bolsonaro, assim como Pazuello e a maioria dos presentes, não usa máscara. A manifestação foi convocada por apoiadores do chefe do executivo nacional.

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o presidente Jair Bolsonaro discursam a apoiadores em ato no Rio de Janeiro. Foto: Wilton Júnior/Estadão

Motociclistas

O passeio começou pouco depois das 10h, mas desde às 8h apoiadores já se concentravam no Parque Olímpico da Barra, local onde o ato iniciou. Bolsonaro chegou de helicóptero por volta das 9h30.

Ao todo, mil policiais militares de quatro batalhões do Rio atuam no esquema de segurança. Até as 10h25, apesar dos reflexos no trânsito, nenhum incidente havia sido registrado. O uso de máscaras entre os milhares de presentes era pouco comum. A maioria deixou de lado a proteção.

No dia 10 de maio, o presidente já havia realizado um passeio de moto pela periferia do Distrito Federal, durante o qual também desrespeitou as regras sanitárias. O mesmo ocorreu no dia 9 de maio, também em Brasília, em novo trajeto com centenas de motoqueiros.

 

Apoiadores acompanharam o presidente durante todo o trajeto
Legenda: Apoiadores acompanharam o presidente durante todo o trajeto
Foto: Carl de Souza/AFP

 

Na ocasião, Bolsonaro afirmou que queria fazer passeios semelhantes no Rio, em São Paulo e Belo Horizonte.

Covid-19

Na última quinta-feira (20), Bolsonaro afirmou que poucos dias antes havia se sentido mal e tomado cloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz no tratamento da Covid-19 e associado a efeitos adversos. Ele também disse que seu exame deu negativo – o que não exclui a possibilidade de que estivesse infectado.

Decreto em vigor do Governo do Rio de Janeiro prevê o uso obrigatório de máscara em qualquer ambiente público, assim como distanciamento mínimo de 1,5 metro. Já o decreto da Prefeitura do Rio mantém proibida a realização de eventos em áreas públicas.

Na última sexta-feira (21), o Governo do Maranhão autuou Bolsonaro por gerar aglomeração com mais de cem pessoas sem controle sanitário e por não usar máscara em evento em Açailândia (a 560 km de São Luís).

Médicos e especialistas da saúde têm alertado sobre a possibilidade de uma terceira onda da pandemia no Brasil. A cidade do Rio está neste momento com 95% dos leitos de UTI públicos ocupados.

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