*Da Redação Dia a Dia Notícia
O Instituto Nacional de Pequisas Espaciais (Inpe) detectou 2.287 focos de incêndios florestais na Amazônia Brasileira ao longo do mês de maio. Segundo a informação confirmada na última quarta-feira (1°/06), é o pior número para o mês em 18 anos. Em 2004, o instituto registrou 3.131 focos de incêndio.
O valor também é 96% maior que o mesmo período de 2021, quando foram registrados 1.166 focos de incêndio na Amazônia. Somando os cinco primeiros meses, 2022 já registrou 4.971 focos de calor na Amazônia, um aumento de 22% em relação à 2021. Ambientalistas salientam que desde que o presidente Jair Bolsonaro (PL) subiu ao poder em 2019, o país enfrenta grandes quantidades de incêndios e desmatamento, consequência do desmonte dos órgãos de fiscalização ambiental.
“Estes números não são uma exceção, fazem parte de uma tendência de destruição ambiental nos últimos três anos, que é o resultado de uma política deliberada do governo”, lamentou o diretor da filial brasileira do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), Mauricio Voivodic
Especialistass apontam que a maioria dos incêndios ocorrem devido à queimadas agrícolas em territórios desmatados ilegalmente. O fato de maio registrar um pico nos focos de incêndio, que deveria ocorrer apenas na estação seca que ocorre entre agosto e setembro, leva cientistas e ambientalistas a esperarem um ano extremamente devastador para o meio ambiente.
A tendência é que o número cresça nos próximos meses e interrompa a queda de 37% ocorrida em 2021.