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Além de 2021, Amazonas possui histórico de surtos da ‘doença da urina preta’ dos anos de 2008 e 2015

Foto: Divulgação

*Da Redação Dia a Dia Notícia

O Amazonas possui histórico de surtos de rabdomiólise que ocorreram nos anos de 2008 e 2015. No ano de 2008, foram 27 casos compatíveis registrados, com maior incidência no mês de setembro, ocorrendo em três municípios do estado, sendo 20 casos em Manaus, cinco casos no Careiro e dois casos em Itacoatiara. Em 2015, o número saltou para 74 casos registrados, com maior incidência entre os meses de agosto e setembro, onde Manaus registrou 55 casos e Itacoatiara registrou 13 casos da doença, os dados foram divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) no dia 20 de setembro por meio de boletim epidemiológico periódico da doença.

Casos de rabdomiólise registrados no ano de 2008. (Fonte: CIEVS / FVS-RCP)
Casos de rabdomiólise registrados no ano de 2015. (Fonte: CIEVS / FVS-RCP)

Em 2021, os casos registrados já ultrapassam os anos anteriores, onde já foram notificados 78 casos de rabdomiólise após ingestão de pescado no estado do Amazonas. Do total de casos registrados este ano, 81% atendem a definição de caso suspeito e 19% dos casos foram descartados.

Casos de rabdomiólise registrados no ano de 2021. (Fonte: CIEVS / FVS-RCP)

Pessoas do sexo masculino representam cerca de 57% dos casos registrados, sendo os maiores de 40 anos os mais acometidos pela doença, seguido pela faixa etário de 20 a 39 anos. Os sintomas mais frequentes entre estes casos são mialgia (90%), náuseas (73%) e fraqueza musculares (62%).

O município que registrou mais casos da doença foi Itacoatiara com 38 registros, Parintins registrou seis casos, Manaus também registrou seis casos e Urucurituba registrou quatro casos. Após intervenção de restrição ao consumo de pescado, houve uma redução de 69% dos casos. Quanto aos peixes consumidos pelas pessoas acometidas pela doença são eles Pacú (40%), Tambaqui (37%) e Pirapitinga (30%). Da procedência dos peixes consumidos, 100% são de vida livre, 85% são procedentes de rios e 9% são de lagos. 

(Fonte: CIEVS / FVS-RCP)

Doença da ‘urina preta’

A rabdomiólise ou Doença de Haff é uma síndrome que consiste na ocorrência da destruição das células musculares esqueléticas, com a liberação de substâncias celulares para a corrente sanguínea. Os sintomas iniciais da doença são súbita rigidez e dores musculares, dor torácica, falta de ar, dormência e perda de força no corpo todo e urina cor de café.

A rabdomiólise ocorre em casos de doenças e agravos como traumatismos, atividades físicas excessivas, crises convulsivas, consumo de álcool e outras drogas e infecções. Em casos onde não foi possível identificar a causa da rabdomiólise e se houver associação com a ingestão de pescados ou frutos do mar, é denominada Doença de Haff.

O Amazonas vive o maior surto da doença em 2021, com o total de 78 casos. Dos acometidos pela doença, dez ainda seguem internados, sendo nove no município de Itacoatiara e um de Itapiranga. Todos os pacientes apresentam quadro estável.

 

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