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Adepto de teoria da conspiração mata os filhos por achar que tinham “DNA de cobra”

Foto: Reprodução/Instagram

Lucas dos Santos, da Redação Dia a Dia

O estadunidense Matthew Taylor Coleman, de 40 anos, foi preso acusado de matar os dois filhos, um de 2 anos e outro de 10 meses. Adepto da teoria conspiratória QAnon, o norte-americano se convenceu de que os filhos tinham “DNA de cobra”. Às autoridades, ele disse que sabia que estava agindo errado, mas que “era a única coisa que poderia fazer para salvar o mundo”. Matthew levou os filhos para o México e os matou antes de retornar aos EUA, segundo comunicou o procurador-geral da Califórnia.

A denúncia foi feita pela mãe das crianças no dia 07 de agosto, quando Coleman havia dito que levaria os filhos para acampar, mas se recusou a dizer onde e não retornou as ligações nem mensagens da mulher. No dia seguinte, a polícia o localizou por meio de um aplicativo na cidade de Rosarito, no México. Coleman foi parado pelo FBI ainda na fronteira quando retornou.

As autoridades mexicanas encontraram os corpos dos filhos de Coleman, que confessou ter atirado nos dois com uma arma de fogo, alegando que os filhos se transformariam em monstros e que fora “esclarecido pelas teorias da conspiração do QAnon e dos Illuminati e que estava recebendo visões e sinais que revelavam que sua esposa possuía DNA de cobra e o havia transmitido aos filhos”.

Duas teorias numa só

Tudo indica que Matthew Coleman acreditou em duas teorias conspiratórias ao mesmo tempo.

A primeira, do Controle dos Reptilianos, prega que os principais líderes das elites mundiais não seriam humanos, mas reptilianos, uma raça humanoide com aspecto de réptil que teria vindo do suposto planeta Nibiru há milhares de anos, se infiltrando nas culturas suméria e babilônica. Essa raça teria alterado o DNA dos humanos para escravizá-los. Os poucos da elite que supostamente carregam o DNA reptiliano formariam os Illuminati, personagens de outras famosas teorias da conspiração.

A segunda teoria que iludiu Coleman foi a QAnon, surgida nos Estados Unidos dentro de movimentos de extrema-direita. Segundo a teoria, existem dois Estados: um visível e outro profundo, que exerce o verdadeiro poder longe dos olhos dos cidadãos. Os membros do Deep State (Estado Profundo, em inglês) seriam adoradores de Satanás que mantém uma rede secreta de pedofilia ao redor do mundo e bebem sangue de crianças a fim de adquirir juventude e vida eterna. Os adeptos da teoria acreditam que membros do Partido Democrata, celebridades, grandes empresários e até mesmo o papa da igreja católica estejam envolvidos, e que o ex-presidente Donald Trump seria o grande salvador que iria expor o Deep State para o mundo. Alguns dos que invadiram o Capitólio nos Estados Unidos no início desse ano são adeptos da teoria.

*Com informações de G1, EL PAÍS e SuperInteressante

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