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A magia, belezas e tradições de Alter do Chão

Hoje vou mostrar um pouco sobre um dos destinos que mais amo na Amazônia, a emblemática vila de Alter do Chão, que faz parte do município de Santarém, no Pará, e é um dos paraísos turísticos do Brasil. Um lugar especial, que ninguém se cansa de ir, repleto de belezas naturais, tradições e paisagens de tirar o fôlego. Não é à toa que é conhecido como “Caribe Amazônico” e “Pérola do Tapajós”.

 

 

Alter do Chão ganhou fama mundial por abrigar a mais bonita praia de água doce do mundo, segundo o jornal inglês The Guardian, ganhando o título de Caribe Brasileiro. A Praia da Ilha do Amor fica em frente à vila, possui uma longa faixa de areia branca e é cercada de águas transparentes e barquinhos coloridos. Além disso, possui restaurantes que são cabanas rústicas de palha, conhecidos por oferecer os pratos típicos da região, principalmente com muito peixe.

 

Outro detalhe da Ilha do Amor é a famosa Serra Piroca, morro que fica no final da ilha e possui uma trilha. Eu já tive a honra de seguir a trilha subindo a serra. Lá, no alto você garante uma visão privilegiada de Alter do Chão e suas belezas. A melhor dica é curtir um dia inteiro na ilha, fazendo mergulhos, passeando de caiaque, saboreando o melhor da gastronomia e ainda testemunhando o famoso por do sol no Rio Tapajós.

    

 

Chegar à Ilha do Amor depende do nível das águas do Rio Tapajós. Pois, na seca, no período do verão amazônico, de agosto a dezembro, é possível atravessar a pé da vila para a praia. Já na cheia, entre janeiro e julho, o ideal é ir de barquinho.

 

 

Uma “dica de ouro” para quem vai no verão é contratar um barqueiro para fazer passeios exclusivos pelas diversas praias de rio, que ficam próximas de Alter. É uma mais linda que a outra! Muitas são desertas e rendem fotos belíssimas. São as paradisíacas praias e faixas de areia do Rio Tapajós e Rio Arapiuns.

 

No mês passado, em julho, fui para Alter do Chão para participar de um evento com ambientalistas. Os rios ainda estavam bem cheios. Então, aproveitei para fazer passeios pela Floresta Nacional do Tapajós e pelos igapós da Floresta Encantada. São passeios feitos em pequenas canoas, com águas calmas e transparentes, onde é possível conhecer várias espécies de árvores, plantas e frutas. A Floresta Encantada fica debaixo da água em torno de seis meses ao ano. As canoas vão passando pelas árvores e os guias vão explicando o que encontramos pelo caminho.

 

 

Outros passeios que você pode fazer, com o apoio de agências e guias turísticos, são para conhecer a Flona do Tapajós, Canal do Jari, Praia do Pindobal, Ponta do Mureta, Lago do Jurucui, Ponta do Toronó, Ponta Grande, Ponta do Icuxi, Praia de Pajuçara, Comunidade Jamaraquá, Praia de Cajutuba, Praia de Maguary, entre outras.

 

Para quem não dispensa conhecer a gastronomia local, como eu, a dica é aproveitar para saborear os peixes da região como o tucunaré defumado, filhote a escabeche, peixes ao molho de tucupi, entre outros. Aproveite também para provar as famosas cervejas Cerpa e Tijuca, que são tradicionais no Pará. Já os amantes de cerveja artesanal precisam provar o chopp da Cervejaria Tapajós, que é vendido em bares, restaurantes e até pousadas da cidade.

 

Nas noites, a vila de Alter ferve com os visitantes aproveitando os bares e restaurantes, mas principalmente conhecendo o tradicional carimbó, um ritmo dançante e considerado como patrimônio cultural brasileiro. Eu tive o privilégio de aproveitar a famosa “Quintas do Mestre e a Sereia”, que acontece no centro de referência do Carimbó “Mestre Chico Malta”, no canto da ilha. Foi uma noite linda, com os turistas entrando na brincadeira e dançando muito carimbó, inclusive, as mulheres usando a tradicional saia do carimbó que é feita com pano de chita e gera uma magia especial para dança. Aliás, em 2017, a novela “A Força do Querer” garantiu mais fama para o ritmo com a personagem da atriz Isis Valverde, a Ritinha, que amava rodar a saia no carimbó com o seu noivo Zeca, personagem do ator Marco Pigossi.

Imagem da novela “A Força do Querer”

Eu não poderia finalizar esse texto sem falar da Festa do Çairé, que acontece na terceira semana de setembro e é considerada uma das maiores festas folclóricas do Brasil, reunindo pessoas de diversas partes do mundo. Também é considerada como a manifestação cultural mais antiga da Amazônia, sendo realizada há mais de 300 anos. Ainda não tive a honra de conferir in loco, mas é um festejo que mistura tradições indígenas e religiosas, com duas procissões. A primeira é feita por barcos com a busca dos mastros. Na segunda, os mastros são levados da praia para a praça principal de Alter. Lá, os mastros são enfeitados com flores, plantas e frutas da região. Além disso, há a Disputa dos Botos, um espetáculo com lendas e as torcidas entre o boto cor-de-rosa e o boto tucuxi. Tudo acontece com a participação efetiva da população e turistas. Coloque no seu roteiro e depois me conta tudo por aqui!!!

 

Por Emanuelle Araújo

Jornalista, especialista em Ciência Política e em Ensino Superior, com 20 anos de carreira, atuando em veículos de comunicação, assessoria de imprensa e redes sociais. É apaixonada por viagens e pela Amazônia, e há 8 anos é responsável pelas redes sociais de mais de 50 hotéis espalhados pelo Brasil, sempre dando dicas de turismo e destacando destinos incríveis. Na coluna “Turismo do Dia”, ela mostra informações especiais para quem não dispensa alguns dias de folga, se divertindo e conhecendo novos destinos. Boa leitura!

 

 

 

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