As motocicletas de 50 a 250 cilindradas ficaram no topo do ranking dos produtos mais exportados pelo Amazonas no último mês de agosto de 2021. É o que apontam os dados da Balança Comercial do Amazonas, levantamento feito pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).
Considerado isoladamente, o item foi responsável pelo montante de US$14,6 milhões, o equivalente a 23% do volume total exportado pelo Estado do Amazonas em agosto. O produto teve como principal destino os Estados Unidos da América (EUA), ficando responsável por 35% do total exportado do item. O crescimento da exportação das motocicletas foi de 81% em relação a julho de 2021, e de 111% se comparado com agosto de 2020.
No período de janeiro a agosto de 2021, o volume de motocicletas exportadas foi de US$78,5 milhões, enquanto que no mesmo período de 2020, esse valor foi de US$37,3 milhões, o que representa um crescimento de 110%.
O destaque vai para o período de julho a agosto de 2021, quando o crescimento da exportação de motocicletas foi de 150%, passando de US$2 milhões em julho para US$5,1 milhões em agosto. Esse resultado contrasta com a queda significativa no quadro geral das exportações do Amazonas para os EUA, que teve o índice de 29%, o que sinaliza uma forte demanda por motocicletas para o mercado norte-americano.
Só em 2021, o Amazonas exportou motocicletas para 25 países, sendo os três primeiros: EUA (US$23 milhões), Argentina (US$20 milhões) e Colômbia (US$11,7 milhões). Os EUA lideraram as exportações desse item, que cresceram 216% em relação a 2020, ultrapassando a Colômbia, que era o principal país de destino das motocicletas fabricadas no Amazonas.
Cenário geral de exportações
Em dados gerais, a exportação da Balança Comercial do Amazonas referente ao mês de agosto de 2021, apresentou aumento de 21,53%, em comparação com agosto de 2020. Os valores exportados alcançaram cifras de US$63 milhões.
Depois das motocicletas, o segundo produto mais exportado foi o item “outras preparações alimentícias”, representando pouco mais de US$13 milhões, o equivalente a 21% do total exportado. Nesse segmento, a Bolívia foi o país responsável por 36,8% das aquisições desse produto. A variação no crescimento das exportações do item foi de 162% em relação a agosto de 2020.
Em terceiro lugar dos mais exportados ficou o item “misturas e pastas para preparação de produtos de padaria”, registrando o montante de US$5,9 milhões, correspondente a 9% do total exportado. A Venezuela foi o principal destino desse produto, ficando com 100% do montante.
Do total de 58 países parceiros comerciais do Amazonas, a Venezuela foi o principal destino, ficando responsável por US$11 milhões, com variação de 10% em relação a agosto de 2020.
O Amazonas exportou para o país vizinho o item “misturas e pastas para preparação de produtos de padaria”, sendo o principal produto exportado para o país vizinho com participação de 52%. Na série do ano de 2021, o produto apresentou, no mês de agosto, o maior montante de exportação, chegando a US$ 5,9 milhões, e superando o mês de maio quando o volume chegou a US$5,5 milhões, o maior registro até àquele momento.
Importação
Nas importações em agosto, o Amazonas registrou cifras de US$1,2 bilhão – um aumento de 47% na comparação com agosto de 2020 e 13% em relação a julho de 2021. Os cinco maiores países de onde o Estado importou foram: China, EUA, Vietnã, Coreia do Sul e Taiwan, somando o total de US$873 milhões, com participação de 71%.
A China se manteve como a principal origem das importações do Amazonas, registrando o montante de US$502 milhões, o que representa a participação de 41% do total de importações.
O principal produto importado foi: “partes destinadas aos aparelhos transmissores”, responsável pelo montante de US$215 milhões, o equivalente a 17% das importações, sendo 56% originários da China. Em segundo lugar ficou o item “processadores e controladores”, alcançando cifras de US$143,9 milhões, com participação de 11,7% do total, também tendo a China como origem de 32,5% das compras desse produto para o Amazonas.
O item “partes de aparelhos telefônicos” ficou em terceiro lugar como o produto mais importado, com cifras de US$66 milhões e uma participação de 5,45% no total das importações, também tendo a China como origem de 47% do produto.
Corrente de Comércio
Em agosto de 2021, a Corrente de Comércio do Estado do Amazonas (soma das importações com as exportações) totalizou US$1,2 bilhão – um crescimento de 10,7% na comparação com julho de 2021 e de 46% na comparação com agosto de 2020. O saldo em agosto foi de US$ -1,1 bilhão.
Municípios do interior
No interior do Amazonas, em agosto de 2021, o município de Presidente Figueiredo continuou como o maior exportador, ficando responsável por US$ 3,3 milhões do total exportado no Estado. A China foi o principal destino do produto “ferro-ligas”. Em segundo lugar, Itacoatiara se manteve com o maior volume de exportação, registrando o montante de US$438 mil na venda do item “madeira serrada”, para os Países Baixos.
O município de Itacoatiara se manteve no topo do ranking das importações, com destaque para o montante de US$125,9 mil, tendo o item “outros motores e máquinas motrizes” como principal produto importado, com origem na Finlândia.
Presidente Figueiredo ficou em segundo lugar nas importações, registrando o valor de US$97 mil, na aquisição do item “agentes orgânicos de superfície” (preparações para lavagem e limpeza) vindo do México.
Balança Comercial
A Balança
O objetivo do trabalho é de acompanhar o desempenho mensal das relações comerciais do Amazonas e, dessa forma, permitir o entendimento de sua evolução nas exportações e importações no Estado.
Para acompanhar esses e outros estudos, basta acessar o Painel da Balança Comercial do Amazonas no site da Sedecti em: www.sedecti.am.gov.br, e clicar na aba “Indicadores e Mapas”.
*Com informações da Assessoria de Imprensa