A prefeitura de Silves (distante 267 quilômetros de Manaus) voltou a liberar a comercialização de peixes no município, após registrar quatro casos de rabdomiólise, conhecida como ‘doença da urina preta’.
O município voltou atrás na decisão que havia tomado nos últimos dois dias, quando proibiu a venda dos seguintes peixes: tambaqui, pirapitinga, arabaiana e pacu; com o objetivo de conter o avanço da doença.
Nessa quarta-feira (1), foram liberadas as vendas de todos os peixes, porque segundo a prefeitura, os peixes contaminados não teriam sido pescados nos limites do município. E que a medida anterior havia sido tomada para investigar as notificações visando prevenir o contágio da doença.
Em todo o Amazonas, já são 44 casos registrados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas- Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). A cidade mais afetada é Itacoatiara, com 34 pacientes e 1 óbito; seguida por Silves (4 casos), Manaus (2), Parintins (2), Caapiranga (1) e Autazes (1).
A rabdomiólise é uma síndrome clínico-laboratorial, conhecida desde a década de 1920. A infecção ocorre por meio da ingestão de uma toxina encontrada em peixes e crustáceos que causa lesões nos músculos e pode atingir seriamente os rins.
Sintomas
Pouco se sabe sobre a doença, mas pacientes relataram sentir incômodos, dores musculares poucas horas após o consumo de peixes ou crustáceos, dor no peito, falta de ar, sensação de dormência, náusea, tontura e fraqueza, e a urina escurecida semelhante a cor do café.