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Comunidade ribeirinha do AM recebe sistema de energia solar fotovoltaica

A energia solar já não é mais um privilégio exclusivo de grandes centros urbanos. A comunidade Santa Helena do Inglês, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, município de Iranduba, no Amazonas, é a primeira comunidade ribeirinha do estado a se beneficiar desta fonte de energia renovável. O projeto Sempre Luz, uma parceria entre a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e a empresa Unicoba, foi responsável por beneficiar as 30 famílias que residem no local, contemplando-as com um sistema de energia solar fotovoltaica que utiliza baterias de lítio. A tecnologia é considerada inovadora e sustentável, além de adaptável à realidade de comunidades ribeirinhas.

Ao todo, 132 painéis solares, 54 baterias de lítio e nove inversores híbridos de última geração compõem o sistema de energia. A central de energia solar fica localizada em uma área aberta da comunidade e conta com uma estrutura fechada para armazenar os equipamentos com segurança. Apesar de ainda estar em fase piloto, os moradores desfrutam dos benefícios do sistema, já em pleno funcionamento.

Quedas constantes de energia elétrica, causadas pelas intempéries e outros imprevistos típicos da região amazônica, faziam parte da realidade no local, afirmou Nelson Brito, presidente da comunidade.

“A comunidade é muito distante da cidade e a energia, até então, chegava pela floresta. E quando tinha qualquer temporal, as árvores caíam e a comunidade ficava toda sem energia. Isso afetava muito a escola, que tem aula à noite, a igreja e a pousada comunitária, que recebe clientes.”

Santa Helena do Inglês é a primeira das quatro localidades do Amazonas previstas para serem favorecidas pelo projeto. Até dezembro deste ano, o sistema também será instalado na comunidade Boa Frente, na RDS do Juma, em Novo Aripuanã; na comunidade do Bauana, RDS de Uacari, em Carauari; e na comunidade indígena Munduruku, em Nova Olinda do Norte.

Viceli Costa, presidente da Associação-Mãe da RDS Rio Negro, afirma que o projeto representa a realização de um sonho e a melhoria do bem-estar local.

“As comunidades da reserva precisam de energia principalmente para armazenar o alimento, porque todo o pescado e caça que conseguem eles [comunidades que não têm acesso à energia] comem tudo de uma vez ou passam sal no alimento, o que prejudica a saúde, justamente por causa do excesso de sal. Então levar esse projeto para outras comunidades é trazer também mais saúde”.

Na opinião do superintendente-geral da FAS, Virgílio Viana, o caráter acessível do sistema serve de inspiração para que seja replicado em outras localidades remotas da Amazônia.

“Esse sistema não apenas é mais barato, como fornece uma energia de melhor qualidade e mais confiável, permitindo atividades de geração de renda, e eu acredito que esse sistema pode ser multiplicado para atingir todas as comunidades do Amazonas”.

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