*Folha de São Paulo
O governador de São Paulo, João Doria, confirmou pela primeira vez que quer ser o candidato do PSDB a presidente da República em 2022.
“Vamos disputar as prévias, respeitando todos os candidatos. Mas vamos trabalhar pra vencer. E somar forças com todos para fortalecer a candidatura do PSDB. E ajudar o Brasil”, disse o tucano à Folha de São Paulo.
O anúncio formal foi feito logo após a definição das regras para a realização de prévias na sigla, na qual a posição de Doria por universalidade no peso do voto dos filiados foi derrotada.
Se a disputa fosse hoje, ele enfrentaria o senador Tasso Jereissati (CE), o governador Eduardo Leite (RS) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. Mas ainda há bastante tempo até 21 de novembro, quando as prévias irão ocorrer.
A Executiva do partido sinalizou, ao aprovar regras contrárias às desejadas pelo governador, que ainda há uma ladeira a ser subida caso ele queira a nomeação —isso para não falar na necessária unidade partidária para tocar uma candidatura nacional.
Ainda assim, a manutenção das prévias acabou solapando a estratégia do grupo do deputado Aécio Neves (MG), que ventila a hipótese de que PSDB abra mão da candidatura própria.
Ele e Doria são adversários, e o mineiro queria adiar as prévias para ganhar tempo, na visão dos aliados do paulista. Já o entorno de Aécio vê o governador como inviável para aglutinar partidos centristas.
Nas contas tucanas, o governador teria cerca de 35% a 40% dos votos hoje no partido —são precisos 51% para evitar um segundo turno, a ser realizado sete dias depois do primeiro.