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Projeto de ex-aluna da rede estadual distribui protetores faciais em escolas de Manaus

No dia 1º de outubro, a acadêmica de Engenharia Química, Aline Simpson Botelho, retornou ao seu antigo colégio de Ensino Médio, a Escola Estadual (EE) Isaac Sverner, na zona leste de Manaus. Mas não foi uma visita qualquer. Na ocasião, a jovem realizou a distribuição de protetores faciais, em modelo escudo facial, para a equipe escolar da unidade, como forma de auxílio ao enfrentamento da Covid-19. Os itens foram produzidos pela própria universitária, ao lado de alguns estudantes e professores do curso.

A ideia para o projeto surgiu após um bate-papo entre o grupo, que desenvolveu uma impressora 3D. O objetivo é distribuir os escudos faciais sem colégios públicos e instituições que ajudam a população carente do Amazonas. Desde que foi iniciada, a ação já confeccionou 150 e entregou cerca de 50 unidades do item, destinadas para a Casa Vhida, Lar Mamãe Margarida e unidades de ensino do município de Manacapuru.

Para a produção dos escudos faciais, o grupo utiliza filamento PLA, elástico e acetato, além da impressora 3D. “O intuito dessa ação é ajudar a frear a pandemia com a doação dos protetores”, afirma Aline Simpson. “Tivemos muito cuidado e atenção com todas as fases do projeto. Foi feito um estudo de custo-benefício, analisando os melhores materiais, com o melhor preço”.

A universitária conta que boa parte da finalização dos itens é feita manualmente – como, por exemplo, o corte do acetato no molde. “Fizemos um modelo de tiara no AutoCAD antes de começarmos a produzir. A impressora utilizada, criada por alunos da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), também é artesanal”, acrescentou.

Vantagens

Aline Simpson Botelho explica que os escudos faciais confeccionados pelo grupo são diferenciados: “O filamento PLA foi escolhido porque é biodegradável e antialérgico. Deixamos o protetor facial mais leve, também, para não ficar caindo ou machucando o rosto da pessoa que usá-lo”.

 

Reencontro

A universitária estudou durante a vida toda em colégios públicos, na capital. Ela lembra que, enquanto cursava o Ensino Médio, acompanhou uma espécie de cursinho pré-vestibular, aos sábados, oferecido pela Secretaria de Educação, e lá conheceu os professores Newton Lima e Eriberto Façanha, ambos integrantes do projeto dos escudos faciais.

“Depois disso, entrei na faculdade e tive a oportunidade de tê-los, agora, como meus professores universitários. Em conversa, pude contar para eles o quanto que aqueles ‘aulões’ fizeram a diferença na minha vida e me ajudaram a ingressar na universidade”, concluiu a universitária, que está no 4º período do curso superior.

Além do trio, o projeto conta ainda com a participação dos universitários Tereza Ulloa, Thiago Alexandre, Léo Ferreira, Tales Souza e Jeane Karla. A ação segue a todo vapor e só será finalizada após o grupo alcançar a meta de 20 entregas dos protetores.

Mais informações sobre a iniciativa podem ser obtidas pelo número: (92) 99609-1587 (Aline Simpson Botelho).

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