*Da Redação Dia a Dia Notícia
Nas redes sociais, um vídeo tem gerado repercussão ao mostrar duas meninas, aparentemente com menos de 14 anos, ingerindo bebida alcoólica e dançando em uma ‘adega’, localizada na avenida Itaúba, zona Leste de Manaus, sem sinais de fiscalização. O caso reacende a discussão sobre a chamada ‘adultização’, conceito que descreve a inserção precoce de crianças e adolescentes em comportamentos e padrões próprios do universo adulto.
Em vídeo feito por um dos frequentadoras do estabelecimento, as adolescentes aparecem em meio a outras pessoas, dançando e fazendo consumo de bebida alcoólica. Elas também usam ‘microvestidos’ enquanto são observadas por outros homens.
No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é categórico: é crime vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que de forma gratuita, bebida alcoólica a criança ou a adolescente. A pena para o comerciante pode chegar a até quatro anos de detenção, além de multa e interdição do estabelecimento.
No meio político o assunto ganhou força neste mês de agosto, especialmente em contextos de discussões sobre a educação e a segurança pública. Autoridades e Conselhos Tutelares têm alertado para a necessidade de campanhas de conscientização e para a importância da fiscalização mais rigorosa, não só em bares e adegas, mas também em eventos e festas que permitam a entrada de menores. A “adultização” é vista não apenas como um problema moral, mas como uma ameaça ao desenvolvimento psicológico e social das futuras gerações.
A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria regras para a proteção de crianças e adolescentes quanto ao uso de aplicativos, jogos eletrônicos, redes sociais e programas de computador. A proposta prevê obrigações para os fornecedores e controle de acesso por parte de pais e responsáveis.
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