*Da Redação Dia a Dia Notícia
O escritor e professor amazonense Milton Hatoum foi eleito, nesta quinta-feira (14), para ocupar a Cadeira nº 6 da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo o jornalista e acadêmico Cícero Sandroni, falecido recentemente. Esta foi a primeira vez que Hatoum concorreu a uma vaga na instituição, conquistando o título de “imortal” em sua estreia.
Milton nasceu em Manaus, em 1952. Em 1968, mudou-se para Brasília, onde estudou no Ciem (Colégio de Aplicação da UnB). Morou toda a década de 1970, em São Paulo, e diplomou-se em arquitetura na FAU (USP) onde desenvolveu uma pesquisa sob a orientação do geógrafo Milton Santos. Em 1978-79, foi professor de história da arquitetura na Universidade de Taubaté. Foi professor visitante da Universidade da California (Berkeley) e da Sorbonne, bolsista da Fundação Vitae (1988), da Maison de sÉcrivainsÉtrangers (Saint-Nazaire/França) e escritor residente das Universidades Yale e Standford e do International Writing Program (Iowa/EUA).
A eleição contou ainda com as candidaturas de Eduardo Baccarin-Costa, Cezar Augusto da Silva, Antônio Campos, Paulo Renato Ceratti e Angelos D’Arachosia. Hatoum venceu com 33 votos, contra um voto para Antônio Campos.
Obras marcantes e prêmios literários
Entre suas obras mais conhecidas estão:
- “Dois irmãos” (2000): adaptado para minissérie da TV Globo; publicado em 17 países.
- “Cinzas do Norte” (2005): vencedor do Prêmio Jabuti, Grande Prêmio da Crítica (APCA), Prêmio Bravo! de Literatura e Portugal Telecom.
- “Órfãos do Eldorado” (2008): adaptado para o cinema.
- “A cidade ilhada” (2009): coletânea de contos.
- “Um solitário à espreita” (2013): seleção de crônicas.
- Trilogia “O lugar mais sombrio”: composta por A noite da espera (2018), Pontos de fuga (2019) e, a ser lançado em outubro de 2025, Dança de enganos.
Seus livros somam mais de 500 mil exemplares vendidos, com forte recepção crítica no Brasil e no exterior.
