*Da Redação Dia a Dia Notícia
A Meta anunciou mudanças em suas diretrizes que passaram a permitir expressões racistas, como “eu odeio negros” e “brancos são os melhores”, que anteriormente eram vetadas nas plataforma Facebook, Instagram e WhatsApp. Segundo apuração do portal Aos Fatos, as alterações já estão em vigor no Brasil e incluem a substituição do termo “discurso de ódio” por “conduta de ódio”.
De acordo com documentos internos citados pela reportagem, publicações que reforçam estereótipos e preconceitos raciais, étnicos, religiosos ou contra outros grupos minorizados foram liberadas, desde que não indiquem explicitamente nojo ou repulsa.
A medida permite, por exemplo, a associação de pessoas LGBTQIA+ a transtornos mentais, o que motivou o Ministério Público Federal (MPF) a instaurar um inquérito civil público na última quinta-feira (16). A Meta tem 20 dias para justificar a retirada de proteções a essa comunidade e explicar como pretende combater a LGBTIfobia, crime equiparado ao racismo no Brasil.
A Advocacia-Geral da União (AGU) também alertou que a nova política pode violar leis e preceitos constitucionais brasileiros, já que racismo e injúria racial são crimes inafiançáveis e imprescritíveis. Apesar disso, a empresa defende que as mudanças ampliam a liberdade de expressão e reafirma seu compromisso com os direitos humanos.
Dados da Safernet de 2023 apontam mais de 4 mil denúncias relacionadas a neonazismo, racismo e intolerância religiosa no Brasil, destacando o impacto potencial das mudanças. Enquanto isso, a comunidade jurídica e ativistas dos direitos humanos monitoram as implicações das novas políticas da Meta.