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Azul e Gol anunciam acordo para possível fusão; ministro diz que fusão entre as companhias aéreas pode reduzir preço de passagem

*Da Redação Dia a Dia Notícia 

A companhia aérea Azul (AZUL4) e a Abra Group, controladora da concorrente Gol (GOLL4), anunciaram na quarta-feira (15) mais um passo em direção a uma potencial combinação de negócios no Brasil que formaria uma gigante do setor. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho , disse que a possibilidade de fusão entre duas das três grandes companhias aéreas que operam no Brasil – a Azul e a Gol – poderá ser positiva para o país, inclusive no sentido de evitar aumento de tarifas, já que resultariam na diminuição do número de assentos não ocupados das aeronaves.

A Azul e a Abra, que mantinham conversas desde o ano passado para “explorar oportunidades”, assinaram um memorando de entendimentos não vinculante para uma união potencial dos negócios, de acordo com fatos relevantes da Azul e da Gol ao mercado.

A união das duas empresas, que buscam fortalecer suas operações em um momento desafiador para companhias aéreas na região, deteria cerca de 60% do mercado doméstico, superando os 40% da concorrente Latam, segundo dados da Anac.

O presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, disse à Reuters que a companhia combinada continuaria operando as duas marcas de forma separada apesar da estratégia conjunta e seria uma “campeã nacional”.

Perguntado sobre possíveis preocupações do mercado com fatores concorrenciais, Rodgerson mencionou outras empresas com participações dominantes em seus mercados domésticos, como Latam no Chile, Lufthansa na Alemanha e IAG no Reino Unido.“Esses outros países entenderam a importância de ter uma empresa forte que pode crescer. Especialmente uma empresa forte que compra aeronave local”, afirmou o executivo.

A afirmação do Ministro Silvio Costa Filho, foi feita nesta quinta-feira (16), em Brasília, durante café da manhã com jornalistas, um dia após a Azul e a Abra (holding que controla a Gol) terem assinado memorando de entendimento visando a parceria que, consolidada, poderá resultar em uma empresa com participação superior a 60% do mercado nacional.

Costa Filho afirmou que, para se efetivar, a fusão precisará, ainda, da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “Temos também a Anac e a imprensa fazendo papel de fiscalização. Acredito que o Cade não vai permitir movimento errado nesta fusão. Mas vamos aguardar”, argumentou o ministro ao garantir que não serão permitidos, por estes órgãos, aumentos abusivos nos valores cobrados por passagens aéreas.

Aumento do fluxo de passageiros

A expectativa do ministro é, portanto, a de aumento do fluxo de passageiros, sem risco de aumento de preços. “Ela [a fusão] pode ser positiva, evitando aumento da passagem porque, juntas, evitam voos saindo vazios”, disse ele ao lembrar que, em 2024, a taxa de ocupação das aeronaves ficou em 84%. Ou seja, 16% dos assentos estavam sem passageiros.

“Eu comparo essa fusão ao que vemos nas federações partidárias. Elas estão juntas, mas possuem fundos partidários diferentes. Essa possível fusão vai fortalecer, mas preservando a autonomia financeira e a governança das empresas. É uma espécie de mão amiga. Cenário pior seria a quebra das empresas. O olhar do governo será pela preservação dos empregos do setor e pelo fortalecimento da malha aérea do país”, finalizou.

Atividades combinadas

A frota da Azul inclui jatos regionais da Embraer, além de aviões tanto de corredor único quanto de corredor duplo fabricados pela Airbus. Já a Gol opera apenas aeronaves Boeing 737.

Rodgerson afirmou que a combinação de negócios permitiria maior conectividade e um menor custo de capital.

O memorando de entendimentos reforça o interesse da Azul e da Abra em continuar as negociações em relação à proposta de troca de ações e marca o início do processo para a obtenção de aprovações regulatórias, incluindo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

“Caso implementada a operação, a Azul e a Gol manterão seus certificados operacionais segregados sob uma única entidade resultante listada, sendo esperado que outras áreas sejam combinadas para oferecer mais oportunidades e produtos aos clientes e obter ganhos de eficiência”, afirmou a Azul no comunicado.

Recuperação judicial

As companhias aéreas têm enfrentado dificuldades financeiras nos últimos anos, especialmente depois da pandemia de Covid-19. A maioria foi forçada a reestruturar dívidas e várias entraram em recuperação judicial.

A própria Gol está em processo de reorganização nos Estados Unidos desde o início de 2024.

 

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