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Escritor lança romance ambientado no Círio de Nazaré, em Belém do Pará

Livro é um romance que se desenrola na Belém sacra e profana durante as festividades de Nazaré. (Reprodução/Divulgação)

*Da Revista Cenarium

Um dos eventos religiosos mais conhecidos da Amazônia é o Círio de Nazaré, que é realizado em Belém do Pará e se tornou inspiração da obra “Outubro”. O livro será lançado no formato digital e no formato físico em uma live nas redes sociais, no dia 3 de outubro, por meio das redes sociais do escritor Tiago Júlio Martins.

O escritor Tiago Júlio em sua multicultural Belém, retratada nas páginas de “Outubro” (Reprodução/Sidney Oliveira)

Em entrevista à REVISTA CENARIUM, o escritor e jornalista paraense falou sobre o clima que permeia os personagens. Sendo Eduardo um repórter de um periódico e Alice uma fotógrafa paulista que vem ao norte conhecer e saber mais sobre a quatrocentística capital paraense.

Em meio ao místico e ao mágico que reina durante os dias e horas da festa religiosa de Nazaré, os dois se entrelaçam em um romance que desnuda cultura regional, universalismos, amor divino e paixões humanas.

Segundo Tiago Júlio, o círio tem um lugar de destaque em suas memórias. “O Círio de Nazaré sempre foi um lugar de afeto para mim porque eu acompanho desde criança a transladação e, quando adulto, passei a acompanhar como repórter o evento do início ao fim”, declarou.

Por tamanha aproximação, não foi difícil para o escritor ter uma ideia. “Em uma das edições em que eu estava cobrindo como jornalista, me veio o insight: por que não um romance no Círio?”, relembrou.

Norte e Sul

O majestoso Círio de Nazaré que acontece sempre no segundo domingo de outubro, na cidade de Belém do Pará (Reprodução/Internet)

Na trama, Eduardo é paraense e Alice é paulista, questionado se a ideia é fazer um diálogo entre esses ‘brasis’, Tiago respondeu: “Também. É até meio clichê a ideia de que os opostos se atraem. Mas, passo essa visão na trama. Eduardo é pragmático, crítico e reconhece os problemas da grande cidade. Já Alice, por vir de fora, possui o primeiro olhar, que é o olhar do encantamento por Belém”, revelou.

Questionado sobre o ângulo das paixões humanas em meio ao ambiente sacro, que é o Círio, ele comentou. “O Círio também é muito profano, existe um clima mundano paralelo ao evento religioso que são as festas afirmativas como a ‘Festa da Chiquita’ que é um evento da comunidade LGBTQI+, que a igreja tentou abafar, mas que faz parte da cadeia de eventos que fazem parte do evento com um todo”, observou.

“Por isso uma paixão como a de Eduardo e Alice pode acontecer, afinal, o Círio é uma expressão multicultural humana do Pará, onde se pode encontrar a vida secular de Belém, a gastronomia, musicalidade e arte”, sintetizou. “Por isso, ele é tombado pelo patrimônio histórico e imaterial do Brasil”.

Arte de “Outubro”, que chega ao mercado editorial no início de outubro (Reprodução/Divulgação)

Paixão belenense

Uma das maiores manifestações religiosas do mundo, a romaria do Círio de Nossa Senhora de Nazaré mobiliza milhões de pessoas, todos os anos, em Belém do Pará.

“É outubro. Manhã do segundo sábado do mês, véspera da grande procissão do Círio. Eduardo, repórter de um jornal local, foi escalado para cobrir a festa encabeçada pelo instituto cultural Arraial do Pavulagem”, diz trecho da obra.

No meio da multidão, em frente ao mercado Ver o Peso, Eduardo avista uma fotógrafa, que se identifica como Alice. O encontro dos dois provoca uma mudança drástica no rumo de seus caminhos.

Paixão, ceticismo e espiritualidade culminam num drama surpreendente, que tem como pano de fundo a forte energia que pulsa na capital paraense. Desejo, cumplicidade, identificação e mistério permeiam a história do casal mergulhada na atmosfera e no clima mágico do Círio de Nazaré.

O escritor

Tiago Júlio Martins é escritor, poeta e roteirista. Nasceu em 1990, em Belém do Pará. É bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade da Amazônia (Unama) e especialista em Produção Audiovisual, pela Estácio Iesam.

O icônico mercado do Ver o Peso, em Belém, ponto de partida do romance “Outubro” de Tiago Júlio (Reprodução/Internet)

Trabalhou durante três anos, de 2012 a 2015, como repórter do jornal impresso Diário do Pará, setorizado nas editorias de cidades e cultura. Publicou em 2016 seu primeiro livro a autobiografia “Tardis”, com uma tiragem que esgotou na semana de lançamento.

Em 2018, publicou na Amazon a versão digital do livro, intitulada Cabeça Bipolar, que possui, neste momento, mais de 1.000 downloads, entre pagos e gratuitos. Tiago é, também, roteirista do curta-metragem “Ao Quadrado” e corroteirista do curta experimental Surto. Atualmente, atua como freelancer enquanto se dedica, paralelamente, a atividades artísticas.

Entre outras premiações, destacam-se seleções de trabalhos nos festivais “Te Aquieta Em Casa”, do Governo do Estado do Pará, “Embalando A Arte Na Rede”, da Prefeitura Municipal de Belém, e “Festival UP”, a nível nacional, todos em 2020.

Além disso, ganhou, por votação popular, duas categorias dos “Prêmios Literários 2020”, organizados pela Academia Paraense de Letras E Artes: “Melhor Poeta” e “Melhor Conjunto Da Obra.” “Outubro” é seu segundo livro.

Sobre o autor

Autor de uma autobiografia intitulada “Tardis”, Tiago prepara para o futuro, seu terceiro lançamento. “Tardis foi meu primeiro livro onde decidi contar uma história com a melhor substância que tenho, que sou eu mesmo”, falou com humor. “O próximo será um livro de poemas, mas ainda não tenho um nome para ele”, finalizou o jornalista.

Para adquirir uma das obras, basta acessar o Instagram @otiagojulio, ou ainda o Facebook. Quem também quiser adquirir um exemplar basta pedir pelo WhatsApp (91) 99188-8952.

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