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Prefeito de Eirunepé é proibido de se aproximar de candidata no Amazonas por violência política de gênero

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

Nessa segunda-feira (30), o juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Cássio André Borges, tomou uma decisão crucial ao abrir um inquérito para investigar práticas de violência política de gênero contra a candidata a prefeita de Eirunepé (distante 1159 quilômetros de Manaus), pelo MDB, Professora Áurea. A investigação envolve o atual prefeito Raylan Barroso, o candidato Anderson Pereira e o servidor municipal Aristeu Augusto Carneiro, todos proibidos de se aproximar da candidata a uma distância de 100 metros durante o processo eleitoral.

A representação judicial apresentada por Professora Áurea alega que, desde o início de sua campanha, ela tem enfrentado um ambiente hostil, marcado por perseguições e intimidações orchestradas por subordinados do prefeito. De acordo com os relatos, a candidata tem sido seguida em diversos locais da cidade e filmada por pessoas que buscam registrar suas interações, com o intuito de obstruir sua campanha e intimidá-la.

Um elemento alarmante dessa situação é um áudio vazado de um grupo de WhatsApp que revela orientações para suspender a perseguição à candidata apenas durante a visita da deputada estadual Alessandra Campelo, reconhecida por seu trabalho em defesa dos direitos das mulheres. A Procuradoria Regional Eleitoral destacou que a Professora Áurea, a única mulher concorrendo ao cargo de prefeita em Eirunepé, está sendo sistematicamente intimidada por apoiadores do candidato adversário.

Em sua decisão, o juiz Cássio André Borges sublinhou a gravidade do constrangimento enfrentado pela Professora Áurea, considerando abusivas as práticas de fiscalização que envolvem um número excessivo de pessoas. Ele caracterizou essas ações como uma forma de violência política contra a mulher, visando restringir o direito da candidata de realizar sua campanha em condições dignas e seguras.

Além de proibir o contato entre os acusados e a Professora Áurea até o fim do processo eleitoral, o juiz determinou que a Polícia Militar forneça uma escolta para garantir a segurança da candidata durante suas atividades de campanha. Essa medida visa assegurar que a Professora Áurea possa exercer seu direito democrático de se candidatar sem ser alvo de ameaças ou intimidações.

A Professora Áurea expressou sua confiança na justiça e destacou que a decisão do juiz é um sinal positivo de que o estado democrático de direito e a livre expressão estão sendo respeitados. “Estou determinada a continuar minha campanha. Não me deixarei intimidar por minhas convicções políticas”, afirmou.

Vale ressaltar que a candidata já havia denunciado à Ouvidoria da Mulher do TRE-AM, em 4 de setembro, as ações do prefeito Raylan Barroso, que incluem perseguições, ameaças e atos de violência política de gênero. Em seus relatos, ela menciona que sua família foi ameaçada de sequestro e que as agressões aumentaram durante a pré-campanha, criando um ambiente de medo e insegurança.

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