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Amazonas registra dois estupros de vulneráveis por dia, diz Anuário de Segurança Pública

*Da Redação do Dia a Dia Notícia

O Amazonas registrou, no ano passado, dois estupros de vulneráveis por dia, segundo dados do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Esse tipo de crime é praticado via de regra contra crianças menores de 14 anos ou pessoas com alguma deficiência.

O Estado ocupa a 5ª posição no ranking nacional de aumento de estupros. Em 2023, registrou 1.086 casos, contra 964 do ano anterior, um crescimento de 12,7%. Na primeira posição está Rondônia com 59,4% (1.704); seguido do Rio Grande do Norte com 30,2% (1.242); Pará com 22,6% (5.582); e Mato Grosso com 13,5% (2.499).

Dos 1.086 estupros registrados no Amazonas no ano passado, 791 foram contra vulneráveis (crianças menores de 14 anos ou pessoas que não tem discernimento do ato pratica devido a enfermidade ou deficiência mental, ou ainda por algum motivo não possam se defender). A elevação do  número de registros desse tipo de crime foi de 15,3%, o que coloca o estado na 6ª colocação nacional.

O anuário também mostra que, do total de estupros de vulneráveis no Amazonas, 718 são mulheres, ou 91% dos registros. Em 2022,  foram 612 vítimas femininas. Dos 1.086 estupros registrados no ano passado (incluindo também os de vulneráveis) 990 foram contra mulheres, contra 884 de 2022.

O levantamento aponta ainda Manacapuru na lista das cidades brasileiras com  mais de 100 mil habitantes com as taxas mais elevadas de estupro e estupro de vulnerável. A taxa do município amazonense que fica na Região Metropolitana de Manaus (RMM) é de 64,8.

Os municípios com as maiores taxas são Sorriso (MT) COM 113,9; Porto Velho (RO) com 113,6; Boa Vista (RR) com 110,6; Itaituba (PA) com 100,6; e Dourados (MS) com 98,6.

O Brasil registrou um crime de estupro a cada seis minutos em 2023.

Com um total de 83.988 casos de estupros e estupros de vulneráveis registrados e um aumento de 6,5% em relação a 2022 o país atingiu um triste recorde. As mulheres são a maioria das vítimas e os agressores estão, na maior parte das vezes, dentro de casa.

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