*Da Redação Dia a Dia Notícia
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul confirmou, na segunda-feira (27), a quinta morte por leptospirose após os temporais e enchentes que deixou 169 mortos desde o final de abril. O estado também soma 124 casos confirmados da doença, que é transmitida na água contaminada pela urina dos ratos. As informações foram divulgadas pelo g1.
Entre os óbitos confirmados pela doença, estão pessoas com idades de 30 a 60 anos. O estado ainda investiga se outras nove pessoas morreram em razão da leptospirose após as enchentes. Ao todo, 922 casos da doença estão em investigação e 542 casos suspeitos foram descartados.
Os exames que confirmam ou não os casos de leptospirose são feitos pelo Laboratório Central (Lacen) do RS. Os especialistas dispõem de dois diagnósticos: o de biologia molecular (RT-PCR), para casos suspeitos nos primeiros sete dias de sintomas, e o diagnóstico sorológico, que detecta o anticorpo produzido pelo organismo do paciente após sete dias de sintomas.
Leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela Leptospira interrogans. Ela é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, principalmente roedores.
Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes. Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminadas pode se infectar.
A bactéria presente na água penetra o corpo humano pela pele ou mucosa. Bovinos, suínos e cães também podem adoecer e transmitir a leptospirose aos humanos.
Embora, na maioria das vezes, a leptospirose seja assintomática, o quadro da doença pode evoluir e causar falência de órgãos. Segundo o Ministério da Saúde, a doença apresenta uma letalidade média de 9%.