Na região do rio Japurá está localizado Maraã, onde a pesca, nas modalidades artesanal e manejada, é a principal fonte de renda dos agricultores familiares. São cerca de 2,1 mil agricultores trabalhando com a atividade no município, distante 634 quilômetros de Manaus, com uma produção anual de 9,2 mil toneladas de pescado.
Em julho, o Idam de Maraã elaborou 33 projetos de crédito para produtores das comunidades Jacitara e Curupira e da sede do município. Dentre esses projetos, 18 foram de custeio, no valor total de R$ 139.957,44, e 15 para aquisição de equipamentos de pesca, no valor de R$ 105.052,98, resultando em um montante de R$ 245.010,42.
Os projetos foram encaminhados a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) para análise e contratação, segundo Deivid Farias. Para acessar a linha de crédito, que disponibiliza até R$ 21 mil aos pescadores, é necessário ter o Registro Geral de Pesca, Relatório de Atividade Pesqueira (produção) e ser associado a instituição de classe pesqueira. Caso seja manejador, é necessário ter a cota do pirarucu com autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e cópias das notas de produção.
Atividade fundamental
De acordo com o gerente do Idam em Maraã, Deivid Farias Gomes, o pescado produzido no município é comercializado em Manaus, Manacapuru e em Santarém, no Pará. Entre as espécies mais pescadas estão o pirarucu (manejado), tambaqui, aruanã, surubim, matrinxã e demais espécies de peixes lisos.
“A pesca manejada e a de subsistência são fundamentais para a economia no município de Maraã e também para todo o Amazonas. Esta é, sem dúvida, a principal atividade desses pescadores nesta época de manejo, em que a maior parte dos moradores pesca por meio período ou em tempo integral, e tem o peixe como principal fonte de renda e de proteína da região”, destacou o gerente.
Segundo o engenheiro de pesca do Idam de Maraã, Paulo Ronan, na região de Maraã, a pesca do tambaqui acontece entre os meses de abril e setembro e, a pesca das espécies como surubim, pacu, matrinxã e sardinha inicia no mês de abril e vai até a primeira quinzena de novembro.
O engenheiro destaca ainda a importância da legalização de novas áreas para o crescimento da produtividade do pescado no município. “Considerando que atividade de pesca é o carro-chefe da região e a principal fonte de renda dos agricultores, a legalização de novas áreas para o manejo do pirarucu, por exemplo, é de fundamental importância”, disse.
