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Amazonas e Pará procuram novas saídas para aquecer turismo na Amazônia Legal

Ainda sob efeito da crise, estados buscam alternativas para alavancar mercado turístico (Reprodução/Internet) Ainda sob efeito da crise, estados buscam alternativas para alavancar mercado turístico (Reprodução/Internet)

*Da Revista Cenarium

MANAUS/ BELÉM – Atrair turistas para conhecer as belezas do interior, além de incentivar o consumo interno são uma das apostas de agências de turismo localizadas nas duas principais cidades da Amazônia Legal.

Com atrativos naturais e marketing mundial, Amazonas e Pará possuem inúmeros atrativos para retomar crescimento no setor. (Reprodução/Internet)

O gerente da CVC Amazonas, Ailton Aguiar, acredita que essa será uma nova opção em face do quadro que se criou nos novos tempos. “O público mudou de comportamento, antes tínhamos clientes que passavam 10 a 15 dias em viagens. Agora esse número caiu para uma semana no máximo ou mesmo um final de semana, tudo por conta do medo de se expor ao vírus”, observou.

O gerente também explicou que por conta da retração de mercado, é melhor turistas viajando em um final de semana, do que não ter nenhuma movimentação. “Por isso o turista hoje está condicionado à ideia de fazer uma viagem curta e isso nos leva a acreditar que o interior do Amazonas e da Amazônia, serão as opções mais procuradas”, previu.

Alter do Chão, no Pará, é conhecido como ‘Caribe’ brasileiro sendo um dos potencializadores do turismo regional paraense.  (Reprodução/Internet)

Ainda segundo Aguiar, a ideia é acreditar na modalidade e apostar em clientes vindos do Sudeste. “Paulistas e mineiros são a nossa maior clientela e o nosso objetivo é agregar com ideias tipo o ‘turismo rodoviário’ para cidades como Presidente Figueiredo ou mesmo Boa Vista (RR). O problema é que não temos muito a cultura de usar estradas, além de termos uma rodoviária extremamente limitada, sem contar que a estação hidroviária da Manaus Moderna é um horror!”, lamentou.

No Pará

O agente de viagens da Brazil Amazon Turismo, José Fontoura, contou a REVISTA CENARIUM sobre as iniciativa em “meio pós-pandemia”. Localizada em Belém, capital do Pará, a agência aguarda novas decisões como a liberação da vacina contra a Covid-19, para sentir o que será do mercado do turismo nos próximos meses.

Conhecida como ‘Terra das Cachoeiras’, Presidente Figueiredo no Amazonas, pode ser uma alternativa de crescimento no chamado turismo rodoviário (Reprodução/Internet)

Segundo Fontoura, o nortista é meio desconfiado com aventuras e prefere apostar no que já é certeiro. “Somos uma agência mais emissiva e menos receptiva, por isso o cenário para nós ainda é de cautela. Não sei como se comporta o mercado de Manaus, mas o fato é que nós nortistas, preferimos apostar em destinos que já conhecemos. Não somos muito de arriscar e nesse hora, destinos como Gramado, no Rio Grande do Sul, estão bem cotados”, revelou.

Ao contrário do turista amazonense, o Nordeste não tem muita procura na Brazil Amazon. “Não temos procura pelo Nordeste e como o final do ano está chegando, eventos como o ‘Natal de Luz’ em Gramado, acabam por ter um apelo na procura’, destacou.

O Turismo de pesca esportiva manteve-se aquecido no Amazonas, apesar da pandemia (Reprodução/Internet)

Em comum com Manaus, estão a busca por cotações. “Estamos com muita cotação, mas, somente para os primeiros meses de 2021″. Quando questionado se assim como no Amazonas, o ideal seria apostar na interiorização, José Fontoura foi reservado. “Nosso receptivo está parado no que diz respeito ao turismo regional, mas, vamos sentir o mercado, vamos ver esse ‘ensaio’ de recuperação e dai quem sabe, traçar uma nova estratégia”, finalizou.

Pesca esportiva

Ao contrário da cautela ou mesmo das incertezas no mercado de Belém e Manaus. O turismo de pesca esportiva, que é muito ativo no Amazonas, não sentiu tanto os impactos da Covid – 19.

Segundo Eduardo Quadros, da Pousada Amazon Roosevelt, empreendimento especializado na modalidade de pesca esportiva localizada no município de Apuí, sul do Amazonas, houve uma pequena queda, mas, nada tão impactante.

“Trabalhamos com um público classe A. São clientes que vem em voos fechados de 15 a 20 pessoas e o que aconteceu foi que passamos a reduzir o volume das comitivas, tipo onde vinham 20, passamos para 10 e assim sucessivamente”, detalhou.

Hotéis de selva são outro atrativo bastante procurado por turistas no norte do Brasil (Reprodução/Internet)

Segundo ele, os protocolos são seguidos e o isolamento deve contribuir para que os turistas cheguem. “Recebemos gente do Brasil e do mundo. Os turistas nacionais vem de São Paulo e de Minas em sua maioria, já os internacionais chegam dos Estados Unidos, Argentina e da Europa”, informou.

Questionado se chegaram a ter prejuízos com a pandemia, Eduardo relatou. “Apesar da crise global, eu diria que não tivemos prejuízos, mantivemos os funcionários e ainda distribuímos cestas básicas para ajudar as comunidades próximas”, finalizou.

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