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Amazonas registra queda no desmatamento pelo segundo mês consecutivo

Estado foi o segundo da Amazônia Legal que mais reduziu alertas de desmatamento no período, de acordo com o Inpe
BELEM/PARA 28-11-2013 NACIONAL DESMATAMENTO Workshop jornalistas desmatamento na Amazonia 7841 Belém (PA) - Workshop com jornalistas sobre o desmatamento na Amazônia. Sobrevoo realizado em áreas de desmatamento FOTO Antonio Cruz / Agência Brasil

O Amazonas conseguiu reduzir os índices de desmatamento pelo segundo mês consecutivo. Em julho, o estado apresentou queda de 32,49% na quantidade de áreas desmatadas, em comparação ao mesmo mês de 2019. Os dados foram divulgados pelo Sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nesta sexta-feira (07/08).

 

De acordo com o levantamento, os alertas de desmatamento chegaram a 424,28 km² em julho de 2019, enquanto o total de registros, em julho deste ano, caiu para 286,43 km². O Estado começou a apresentar redução do desmatamento ainda em junho, quando os alertas caíram em 12%.

 

”Isso é reflexo das operações organizadas que têm sido feitas desde o lançamento do nosso Plano de Prevenção e Controle ao Desmatamento e Queimadas (PPCDQ-AM), que foi lançado pelo governador Wilson Lima no dia cinco de junho, sendo exatamente esse o mês em que a gente começou a conseguir uma redução”, apontou o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.

 

O levantamento coloca o Amazonas em segundo lugar entre os Estados da Amazônia Legal que mais reduziram os índices de desmatamento em julho de 2020, junto a Rondônia (-46%) e Mato Grosso (-30%).

Acumulado

No comparativo dos sete primeiros meses do ano, com relação a 2019, o estado do Amazonas também registrou queda de 9,18% no total de alertas de desmatamento emitidos pelo Inpe. Foram 911,12 km² de janeiro a julho do ano passado, contra 827,50 km² em 2020.

 

Conforme o balanço, o sul do Amazonas concentrou a maior quantidade de áreas alvos de desmatamento do ano. Os municípios mais afetados foram Lábrea (265,25 km²), Apuí (178,30 km²) e Novo Aripuanã (58,91 km²).

 

Operações em curso

Segundo o titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Eduardo Taveira, os próximos meses serão focados no combate às queimadas ilegais.

 

“Os dados de desmatamento mostram que o trabalho vem dando certo, somando-se à participação do Estado na Garantia da Lei e da Ordem, do Governo Federal, já que muitas dessas pressões acontecem em áreas federais. Agora a gente entra em um período de combate às queimadas, mas é importante destacar que reduzir o desmatamento ilegal ajuda bastante na redução dos incêndios”, completou.

 

As ações de combate às queimadas ilegais no Amazonas vão ocorrer dentro do âmbito da Operação Curuquetê 2, conforme destaca o diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente.

 

“Estamos entrando agora na segunda fase da Operação Curuquetê 2, que é justamente voltada para o combate às queimadas ilegais no sul do Amazonas. Neste sentido, fiscais do Ipaam coordenam as ações junto a equipes do Batalhão Ambiental da Polícia Militar e também com apoio de brigadistas para impedir a prática criminosa de queimadas”, ressaltou.

 

As ações da Curuquetê 2 contam ainda com equipes da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio do Sistema Integrado de Comando e Controle (SICC), com a participação de tropas da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Departamento de Polícia Técnico-Científica, além da Defesa Civil.

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